Jogando muito mal, o Santos perde para o Real Garcilaso, do Peru e para a altitude de 3,4 mil metros acima do nível do mar e tropeça na estreia da Libertadores.
PARTIDA
O Santos não jogou o primeiro tempo. Com exceção de uma chance aos 15, criada por Sasha e desperdiçada por Gabigol, além de uma falta de longe de Jean Mota já nos acréscimos, o Santos nada produziu. Aliás, não só não produziu como também não marcou. O time simplesmente assistia ao Real Garcilaso empilhar uma oportunidade de gol atrás da outra. Menos mal que só fizeram um, com Vidales, aos 7, num vacilo completo da defesa, de Daniel Guedes a Jean Mota, passando pela dupla Lucas Veríssimo e David Braz. O Santos voltou para a etapa final ainda cometendo erros básicos de passes e marcação. Vanderlei fez milagre logo no primeiro minuto, em chute de Ramúa. Aos poucos, porém, o Peixe foi se acertando. Aos 8, Vecchio desperdiçou chance clara, em nova boa jogada criada por Sasha. Aos 16, Jair Ventura tirou Jean Mota e colocou Arthur Gomes, recuando Copete para a lateral esquerda. Aos 26, colocou Vitor Bueno no lugar de Vecchio. Mas a lentidão de Renato no meio-campo ainda destoava, e a bola não chegava ao ataque. Só aos 36 entrou Rodrygo. Mas no lugar de Sasha, o melhor do time! Nada mudou. E o Garcilaso ainda fez o segundo gol, em chute de longe de Ramúa, aos 43. Final de jogo: Garcilaso 2x0 Santos. O próximo compromisso do Santos será no domingo (04/03), no clássico contra o Corinthians, no Pacaembu, ás 17:00 (horário de Brasília). Pela Libertadores, o Santos enfrentará o Nacional-URU, no dia 15/03, ás 19:15 (horário de Brasília), possivelmente no Pacaembu.
Não tem muito o que analisar sobre esse jogo, só sei dizer que o Santos não jogou PORRA NENHUMA ! Não jogou literalmente NADA ! Já sabemos que é difícil jogar acima de 3 mil metros acima do nível do mar, na altitude, ou pelo menos imaginamos o quanto deve ser difícil jogar lá, respirar. E os donos da casa tiraram proveito disso e comeram a bola. O Santos só teve três boas chances, sendo que pelo menos em duas delas poderia ter saído gol. Uma com Gabigol após receber do Sasha no 1° tempo, quando já perdia de 1 a 0, e chutou fraco demais. Outra com Vecchio, que chutou muito forte. Em um lance, era de bico, com mais força, e no outro, era jeito, e de chapa. Sabemos que a temporada começou muito cedo, não houve uma pré-temporada melhor, o time ainda está em formação, sabemos que o trabalho de Jair Ventura não pode ser questionado só por ter perdido três jogos na temporada. Só espero que isso seja verdade, mas quando se trata de uma derrota na estreia da Libertadores, o torneio sul-americano de clubes mais importante do continente, que o Santos venceu três vezes na história, é natural que o torcedor fique preocupado, mas cá entre nós, era uma partida em que o Santos poderia ter ao menos, diante das circunstâncias, empatado o jogo, poderia ter buscado algo a mais, mas infelizmente e realmente, era um dia em que tudo deu errado. Jair pecou não apenas na escalação, como também nas substituições. Entendam uma coisa: Jean Mota é meia e não lateral. Jean Mota deveria estar jogando no meio-campo; ou no lugar de Renato ou no lugar do Vecchio. Vecchio e Renato não podem jogar juntos. Ou joga um, ou joga outro, pois se você decide apostar nos dois, causa lentidão no meio-campo e a transição com o setor de ataque fica complicado demais. O Renato é ídolo, consagrado, ganhou títulos importantes com a camisa santista, tem o respeito e a gratidão do torcedor santista, qualidade técnica, experiência, mas infelizmente não é mais jogador pra ser titular em uma equipe em que só Alison, o primeiro volante, joga e marca, e Vecchio, que joga melhor de segundo volante, mais recuado e não de meia-armador. Copete é um jogador raçudo, tático, mas não é tão habilidoso quanto o jovem Rodrygo, que apesar de ter apenas 17 anos, precisa entrar mais vezes nas partidas, e de titular, inclusive, pois só se adquire ritmo jogando. Não precisa ter medo de escalar o moleque com medo de queimá-lo. Se fosse, assim, o time do Santos campeão brasileiro de 2002 jamais teria existido. Se queria fazer substituições para melhorar o time e buscar o empate, ou até mesmo a virada, que tirasse o Copete para a entrada do Rodrygo e o Renato para a entrada do Vitor Bueno e recuasse o Vecchio. Manteria o Sasha no ataque, pois ao lado de Vanderlei e Alison, era o melhor do Santos na partida. Esse era o adversário em que o Santos tinha a obrigação de conquistar ao menos 6 pontos, e conquistar fora de casa contra Estudiantes e Nacional, um empate e vencer todos os confrontos em casa. Ao invés de conquistar 14, de 18 pontos possíveis, agora só serão 11, de 15 pontos. Serão três pontos que vão fazer falta. O PROBLEMA em Cusco pareceu ser de CABEÇA mesmo, não de PULMÃO. O Santos já entrou derrotado. Foi um time triste, APÁTICO. Tomou um gol aos sete minutos e nem tentou esboçar uma reação. Viu uma chance cair do céu aos 15, criada por Sasha e desperdiçada por Gabigol. E não fez mais nada. Nada mesmo. Só torceu para as bolas do Garcilaso não entrarem no gol de Vanderlei.
Mais um problema, o time não pode esperar que Vanderlei vai salvar todas, pois alguma hora o Vanderlei vai precisar de cobertura. Aliás, falando de cobertura, o zagueiro mais alto deles mede 1,94 de altura. O zagueiro mais alto do Santos, o Gustavo Henrique, também tem a mesma altura. Se a melhor dupla do Santos na temporada, pelo menos até agora, no que diz respeito ao desempenho, foi Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique, porque David Braz tem que ser o titular ? Com todo o respeito ao David Braz, mas em ima partida em que o time da casa vai tirar proveito de estar jogando na altitude, vai abusar da bola aérea, e o Santos precisa de gigantes, e não de anões na grande área. Resumindo: foi uma partida destinada para dar tudo errado mesmo, não importa o quanto estivéssemos esperançosos pela vitória, mas o Santos não poderia ter sido derrotado por um time tão fraco como esse... Mas aconteceu. Agora tem que correr atrás do prejuízo e vencer os próximos jogos, independente do adversário, do local da partida e da competição. Como bem definiu o Twitter do "Impedimento", o time peruano é como a Costa Rica naquela chave da Copa do Mundo de 2014 que tinha também Uruguai, Itália e Inglaterra. Se o Santos não quiser ter o mesmo fim de italianos e ingleses, é bom se munir da tradicional garra uruguaia. Sem ela, pouco se avança numa Libertadores.
FICHA TÉCNICA
Real Garcilaso 2 x 0 Santos
Real Garcilaso 2 x 0 Santos
Local: Inca Garcilaso de la Vega, em Cuzco (Peru)
Data: 1 de março de 2018, quinta-feira
Horário: 19h15 (de Brasília)
Árbitro: Gery Vargas
Assistentes: José Antelo e Juan Montaño
Cartões amarelos: REAL GARCILASO: Dulanto. SANTOS: Lucas Veríssimo, Vitor Bueno e Vecchio
Data: 1 de março de 2018, quinta-feira
Horário: 19h15 (de Brasília)
Árbitro: Gery Vargas
Assistentes: José Antelo e Juan Montaño
Cartões amarelos: REAL GARCILASO: Dulanto. SANTOS: Lucas Veríssimo, Vitor Bueno e Vecchio
GOL
Real Garcilaso: Vidales, aos sete minutos do 1T, e Ramúa, aos 44 do 2T.
Real Garcilaso: Vidales, aos sete minutos do 1T, e Ramúa, aos 44 do 2T.
REAL GARCILASO: Diego Morales, Arismendi, Dulanto, Kontogiannis e Santillán; Garcia (Archimbaud) e Álvarez; Vidales (Pérez), Ramúa e Landauri (Cóssio); Franco
Técnico: Óscar Ibañez
Técnico: Óscar Ibañez
SANTOS: Vanderlei, Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota (Arthur Gomes); Alison; Eduardo Sasha (Rodrygo), Renato, Vecchio (Vitor Bueno) e Copete; Gabigol.
Técnico: Jair Ventura
Técnico: Jair Ventura
SEJA QUAL FOR A SUA SORTE, DE VENCIDO OU VENCEDOR
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