Santos de Sampaoli dá aula, vence o clássico por 2 a 0 e é o único time com 100% de aproveitamento no Paulistão. O zagueiro Luiz Felipe e o atacante Derlis González marcaram os gols da vitória santista contra o São Paulo.
PARTIDA
O Santos deu um "nó tático" no São Paulo e venceu o Clássico Sansão com propriedade. Intenso desde o começo do jogo, o Santos foi o time que mais criou chances reais de gol, não deixou o rival respirar em momento algum e deu mais um show. Desde o início, o Santos tentou ser o protagonista do jogo, teve mais posse de bola, exatamente como Jorge Sampaoli deseja e teve a torcida ao seu favor. A primeira chance de gol foi aos 17 minutos. Diego Pituca arrancou, se livrou da marcação de Hudson e deu um belo passe para Soteldo, mas o goleiro Thiago Volpi salvou.
Um minuto depois, Bruno Peres teve a chance de inaugurar o placar para o São Paulo, mas chutou pra fora. Aos 28, Orinho cruzou, a bola desviou e sobrou para Jean Mota, que chutou forte e Thiago Volpi fez grande defesa. Aos 30, Victor Ferraz cruzou pela direita, Bruno Peres desviou de cabeça, e a bola sobrou para Alison, que chutou de fora da área, a bola passou perto do gol e foi pra fora. O Santos dava indícios de que faria o gol antes do intervalo e que seria questão de tempo. Aos 44, Jean Mota cobrou falta e Luiz Felipe subiu de cabeça e fez o primeiro gol do clássico. 1 a 0 pro Santos. Tecnicamente, o segundo tempo foi menos intenso, mas o Santos continuava dominando o jogo. Aos 15, Diego Pituca arriscou de fora da área, mas Thiago Volpi defendeu sem dificuldades. Aos 21, o Santos recuperou a bola no campo de defesa e Alison fez um belo passe para Derlis González, que driblou o goleiro Thiago Volpi e fez o segundo gol do jogo. 2 a 0 pro Santos. Mas o Santos não parou de atacar. Aos 27, Carlos Sánchez cobrou falta, a bola foi na direção do zagueiro Felipe Aguilar, mas foi na coxa do jogador santista e foi pra fora, para alívio do rival. O São Paulo teve uma chance aos 37 minutos, com Everton, que após cobrança de escanteio de Reinaldo, cabeceou por cima do gol de Vanderlei. Aos 48, Derlis González recebeu de Victor Ferraz e finaliza, mas Thiago Volpi defendeu e evitou uma goleada santista no clássico. Fim de jogo: 2 a 0. O Santos continua líder do Grupo A, com nove pontos. Ponte Preta e São Caetano, que perderam seus jogos para Corinthians e Palmeiras, respectivamente, somam dois pontos e o Red Bull Brasil soma apenas um. O próximo jogo do Santos será na quinta-feira (31/01), contra o Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista-SP, ás 19:15 (horário de Brasília). Diego Pituca, que recebeu o terceiro cartão amarelo, desfalcará o Santos na próxima rodada.
Se existe uma coisa que o Santos está conseguindo nesse começo de temporada, é ser o protagonista. Exatamente como o Sampaoli deseja. O Santos havia vencido a Ferroviária e o São Bento, que são equipes tecnicamente mais fracas e o clássico contra o São Paulo era o teste de fogo deste começo de temporada, já que se tratava do primeiro clássico paulista da temporada. O Santos não só venceu o São Paulo, como também dominou o jogo durante os 90 minutos. Vanderlei nem sujou as luvas. Ele foi praticamente, um mero expectador. Só precisou sair jogando com os pés. Um volante que joga encostado com os zagueiros, dando mais fluidez na saída de bola, o goleiro usando mais os pés, o time mantendo a posse de bola no campo de ataque são alguns conceitos de Sampaoli, que permitiram ao Santos ser o protagonista da partida, mais uma vez. Mas qual é o objetivo de tudo isso ? Provavelmente a superioridade numérica seja o fator mais plausível. Quando Alison e as vezes Pituca ou o Sánchez fazem essa linha de três, que foi muito utilizada por Pep Guardiola, quando treinou o Barcelona, entre 2008 e 2012, dão a garantia de que o time irá manter a posse de bola. Por exemplo: Aparecem dois atacantes para fazer a marcação. Se tem um volante entre os dois zagueiros, mais o goleiro, são quatro jogadores. Assim, se um jogador adversário aparecer e pressionar a saída de bola, sempre haverá alguém livre para sair da marcação. A defesa também está surpreendendo neste começo de campeonato. Os únicos que jogam abertos pelos lados do campo, são os laterais, justamente para dar opção e os atacantes procuram ocupar espaços vazios para finalizar. É perceptível que Soteldo, González, Jean Mota ou qualquer jogador com vocação ofensiva não aparecem atacando pelos lados, pois essa função é dos laterais. Também é perceptível, que após perder a bola, o time tenta recuperar rapidamente e quando precisa se defender, todos os 10 voltam para marcar, com o objetivo de anular as jogadas ofensivas do adversário. Isso só faz a torcida ter uma certeza: o Santos ,está se tornando um time competitivo. Se o Santos não tivesse perdido as peças que perdeu, tivesse todos os reforços que o Sampaoli pediu e o Rodrygo não estivesse com a Seleção Sub-20, o Santos poderia ter aplicado uma goleada histórica no São Paulo. Se continuar jogando assim, o Santos pode ter uma boa temporada. Muito melhor do que nas duas últimas temporadas: 2017 e 2018. E que essa #CriseNoSantos nunca acabe !
FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 x 0 São Paulo
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP);
Data: domingo, 27 de janeiro de 2019;
Horário: 17h (de Brasília);
Árbitro: Vinicius Furlan;
Assistentes: Alex Ang Ribeiro e Neuza Ines Back;
Gol: Luiz Felipe (45′ 1ºT), Derlis González (21′ 2ºT);
Cartões Amarelos: Reinaldo (SAO), Hudson (SAO), Arboleda (SAO), Derlis (SAN), Luiz Felipe (SAN), Copete (SAN), Carlos Sánchez (SAN);
SANTOS FC: Vanderlei, Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique, Orinho (Copete), Diego Pituca, Alison, Carlos Sánchez, Jean Mota (Felipe Aguilar), Soteldo (Felippe Cardoso), Derlis González. Técnico: Jorge Sampaoli.
São Paulo: Tiago Volpi, Bruno Peres, Arboleda, Reinaldo, Bruno Alves, Éverto, Hudson (Brenner), Jucilei, Helio (Diego Souza), Nenê (Liziero), Pablo. Técnico: André Jardine.
AGORA QUEM DÁ A BOLA É O SANTOS...
Nenhum comentário:
Postar um comentário