Coutinho, o maior camisa 9 da história do Santos, faleceu
O Gênio da Grande área faleceu ontem, aos 75 anos
O ex-centroavante do time mágico do Santos da década de 1960, Coutinho, faleceu.ontem, segunda-feira, (11/03) três meses antes de completar 76 anos . Segundo o médico Milton Mattozinho, a causa da morte foi um infarto agudo miocárdio em decorrência de diabetes e hipertensão arterial sistêmica. O maior parceiro de Pelé no Santos, teve o seu corpo velado no salão de mármore, na Vila Belmiro, em Santos (SP), hoje pela manhã. O sepultamento ocorreu ás 18:00 (horário de Brasília), no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos (SP). Coutinho tinha diabetes, o que causou o amputamento de três dedos do pé esquerdo. Em janeiro, Coutinho foi internado por causa de uma pneumonia. O lateral-direito Victor Ferraz, o meia Jean Mota e o técnico Jorge Sampaoli, também estiveram no velório.
Antônio Wilson Honório, nasceu em Piracicaba (SP), em 11 de Junho de 1943. Chegou ao Santos em 1958, quando tinha apenas 14 anos e ficou até 1967 e depois de 1969 até 1970. Seu primeiro jogo com a camisa do Santos, foi contra um time chamado Sírio Libanês, em Goiânia (GO). O Santos venceu por 7 a 1.Sua estreia em jogos oficiais, foi contra o Vasco, pelo Torneio Rio São Paulo de 1958, no Pacaembu. O Santos venceu por 3 a 0, sendo dois deles, de Coutinho. Disputou 457 jogos e marcou 370 gols. Coutinho foi o maior parceiro de Pelé no ataque do Santos, que encantou o mundo na década de 1960, a Era de Ouro do futebol brasileiro. Juntos, marcaram 1461 gols jogando pelo Santos e é também o segundo maior artilheiro "humano" do Santos, só perde para o Pepe, com 403 gols, pois o Pelé é de outro planeta. Jogando pelo Santos, Coutinho foi campeão paulista em 1958,1960,1961,1962,1964,1965 e 1967, pentacampeão brasileiro em 1961,1962,1963,1964 e 1965, bicampeão da Libertadores da América e do Mundial Interclubes em 1962 e 1963, tetracampeão do Torneio Rio São Paulo em 1959, 1963, 1964 e 1966, além de outros títulos não oficiais que o Santos conquistou dentro e fora do Brasil. Coutinho também disputou 13 jogos pela Seleção Brasileira e marcou 6 gols e Coutinho estreou com a camisa canarinho em 1960, na derrota por 1 a 0, para o Uruguai, em Montevidéu. Coutinho era cotado para ser o centroavante titular da seleção na Copa do Mundo de 1962, mas uma lesão no joelho o tirou do mundial, no Chile. A lesão aconteceu em um amistoso contra a Seleção de País de Gales, no Pacaembu, o último antes da Copa de 1962. Coutinho também jogou pelo Vitória (BA), Portuguesa (SP), Bangu (RJ), Atlas (MEX) e Saad (SP), de São Caetano do Sul, quando encerrou a carreira. A tendencia para engordar foi um dos motivos para encerrar a carreira precocemente, aos 27 anos. Mas também seguiu a carreira de técnico de futebol. No final dos anos 1970, treinou o time juvenil A do Santos, em 1979 e foi campeão paulista e em 1980, foi campeão paulista com o time juvenil B, do Santos e vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1982, quando o Peixe perdeu para a Ponte Preta na decisão. Ainda treinou o time principal do Santos, em 1981, interinamente e em 1995, por apenas um jogo. Em 1993, Coutinho voltou para comandar o time de juniores do Santos. Os seus melhores resultados como técnico, aconteceram comandando a Valeriodoce de Itabira (MG). Sob o seu comando, o time de Itabira escapou do rebaixamento e chegou as semifinais do Campeonato Mineiro de 1985, junto com Atlético-MG, Cruzeiro e Democrata de Governador Valadares. Ele ainda dirigiu o Comercial (MS), e o Aquidauana (MS), em 1987, Santo André (SP), em 1988, Valeriodoce (MG) e São Caetano (SP), em 1992 e o Bonsucesso (RJ), em 1993.
É realmente muito difícil ter que lidar com a perda de um ente querido. Pode ser um parente, um amigo ou alguém próximo. Muitas vezes, sentimos uma dor irreparável, pois nós nunca esperamos quando aqueles que amamos e/ou admiramos irão partir. Agora, quando se trata de um ídolo do seu time do coração, o maior centroavante da história do Santos, aquele que é o maior parceiro do Pelé no Santos, que juntos, fizeram muitos gols. Confesso que essa notícia me pegou de surpresa. Eu já sabia que o Coutinho tinha diabetes, que a saúde dele não estava muito boa, que ele havia sido internado com pneumonia, em janeiro, mas não imaginava que morreria tão de repente. Acreditava que viveria um pouco mais. Aliás, todos nós, santistas e admiradores do futebol desejávamos que ele ainda estivesse vivo. Ele sempre será lembrado por sua carreira gloriosa, pelos seus gols, por ter feito parte do time mais vitorioso da história do Santos Futebol Clube. Antes de Serginho Chulapa, Paulinho McLaren, Guga, Viola, Alberto (da bicicleta), Deivid, André "balada", em 2010 e Ricardo Oliveira vestirem a camisa 9 do Santos, Coutinho já a imortalizou. Não é apenas a camisa 10, que já foi de Pelé, tem peso, a 9 que já foi de Coutinho também tem muito peso. E que o próximo centroavante do Santos, que usar a camisa 9, entenda esse peso e honre a sua história. Quem teve a oportunidade de ter visto e ouvido, o maior ataque do mundo jogar, eu lhes dou os parabéns. Mas assim como eu e muitos outros santistas, que não tiveram essa oportunidade, só nos resta ver seus gols em vídeos no YouTube. Adeus Coutinho, o Gênio da Grande Área. E que Deus conforte os corações de sua família, amigos, torcedores e admiradores de seu futebol e que Deus o receba de braços abertos.
OBRIGADO COUTINHO !
Créditos nos vídeos: Eu vim de Santos, Alex Frutuoso, omaiordetodosostempos, rluiz66 e Santos Futebol Clube.
Referências: Livro: 100 Anos de Futebol Arte, de Odir Cunha;
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