Santos empata em 0 a 0 com o Corinthians e se mantém na liderança do Paulistão
O Clássico Alvinegro terminou empatado sem gols em Itaquera e Santos e Corinthians continuam sem perder clássicos na temporada
PARTIDA
Os dois times protagonizaram mais um Clássico Alvinegro na história do futebol paulista e também do futebol brasileiro. O clássico mais antigo do futebol paulista foi realizado na Arena Corinthians, em São Paulo. De um lado, o Corinthians jogava em casa e precisava vencer para se classificar com duas rodadas de antecedência. Do outro lado, o Santos que já estava classificado desde a rodada passada, veio com uma escalação diferente, visando o jogo de ida das quartas de final do estadual, já que não contará com Sánchez, Cueva e González, que servirão as seleções de Uruguai, Peru e Paraguai, respectivamente, para amistosos. Como os amistosos serão realizados entre os dias 22 e 26 de março, as seleções não tem a obrigação de liberar os atletas para os clubes, pois os amistosos serão realizados em data FIFA. O meia-atacante Soteldo é mais um que pode desfalcar o Santos no jogo de ida das quartas de final, caso seja convocado pela seleção venezuelana. O zagueiro Felipe Aguilar ficou de fora da lista final da convocação da seleção colombiana. O jogo foi muito movimentado durante os 90 minutos. De um lado, o Santos tentava manter a posse de bola, como de costume, mas com outra formação tática, quando o time ficava com a bola. Do outro lado, o Corinthians se retrancava atrás e pressionava a saída de bola do Santos para contra-atacar. Aos 10, após saída de bola errada da defesa santista, Clayson avançou e chutou em cima de Gustavo Henrique e na sobra, Clayson tentou tocar para Boselli, mas Aguilar tirou e na sobra, Sornoza arriscou de longe e passou perto do gol de Vanderlei, com muito perigo.Aos 13, Danilo Avelar recebeu de Sornoza e finalizou, mas Vanderlei defendeu. Aos 33, Carlos Sánchez cobrou falta e a bola passou por todo mundo e Cássio defendeu, mas o lance já estava paralisado por impedimento. O técnico Jorge Sampaoli percebeu que o rendimento do time estava muito abaixo do esperado e promoveu as entradas de Cueva e Rodrigo, nos lugares de Alison e Jean Lucas, e o Santos voltou melhor para a segunda etapa. Aos nove minutos, Felipe Jonathan lançou para Jean Mota, que finalizou de primeira e Cássio defendeu. Aos 15, outra jogada ofensiva do Santos. Rodrygo avançou pela ponta-esquerda, partiu pra cima de Manoel e tentou o cruzamento pra área, mas nenhum jogador do Santos acompanhou a jogada e Cássio espalmou. Com a entrada de Vagner Love no lugar de Pedrinho, o Corinthians voltou equilibrou a partida e aos 20, Vagner Love avançou pela direita, ganhou de Gustavo Henrique e chutou cruzado, não se sabe se o atacante corintiano chutou para fazer o gol ou se tentou fazer o passe para Boselli, que estava desmarcado e embaixo do gol vazio, mas Vanderlei defendeu e salvou o Santos. Um minuto depois, na cobrança de escanteio de Sornoza, Henrique cabeceia, mas foi pra fora. Aos 25, Fagner avança pela direita e toca para Júnior Urso, que chutou de fora da área, passando com muito perigo da meta de Vanderlei, mas foi pra fora. Aos 29, Cássio errou na saída de bola e Cueva não soube aproveitar e tentou encobrir o goleiro corintiano, mas o chute foi pra fora. Aos 44, Jean Mota fez um belo lançamento para Derlis González, que avançou e chutou forte, Cássio espalmou e não tinha nenhum jogador santista para aproveitar o rebote. Com o resultado, o Santos continua na liderança do Grupo A e na liderança geral do Campeonato Paulista, com 23 pontos. Na vice-liderança, o Red Bull Brasil está com 21 pontos. A Ponte Preta está em 3° lugar com 16 pontos e o São Caetano é o lanterna do grupo com sete pontos. O próximo jogo será contra o Novorizontino, na sexta-feira (15/03), ás 20:30 (horário de Brasília), no Pacaembu, pela penúltima rodada do Campeonato Paulista. O Santos não contará com Derlis González e Gustavo Henrique, suspensos. O atacante recebeu o terceiro cartão amarelo e o zagueiro foi punido pelo STJD por uma partida, por conta de uma confusão envolvendo o meia Moisés, do Palmeiras, no clássico realizado no Allianz Parque, no mês passado.
ANÁLISE
Se tem uma coisa que todo mundo percebeu ontem, é que o Sampaoli errou na escalação e na formação tática do jogo de ontem. No papel, seria mais um jogo em que o Santos jogaria ou no 4-4-2, com o Jean Mota jogando no ataque ao lado do González ou um 4-5-1, nesse caso, um 4-2-3-1, com o González jogando como centroavante, mas com Cueva na armação. Na prática, o Santos jogaria no 3-4-3, com o Alison jogando como zagueiro, dando mais liberdade para os laterais, com o Pituca e o Jean Lucas atuando como volantes, o Sánchez jogando como ponta-direita, o González na ponta-esquerda e o Jean Mota atuando como falso 9. Como o Alison recebeu um cartão amarelo após cometer uma falta em Clayson, era questão de tempo até que ele recebesse o cartão vermelho. Por causa disso, o Alison teve que sair da zaga e voltar para jogar em sua posição, que consequentemente deixou o meio-campo santista mais pesado, pois o Santos passou a atuar com três volantes. Na prática, o Santos passou a jogar no 4-3-3, com três volantes no meio, sendo o Alison jogando mais recuado, o Pituca e o Jean Lucas na saída de bola, o Sánchez e o González em cada ponta e o Jean Mota de falso 9. Mas a impressão que eu tive era de que ou o Santos estava em um 4-5-1, nesse caso, um 4-3-2-1 ou em um 4-4-2 : 4-3-1-2. Mas a situação não melhorava e o Corinthians estava sempre pressionando a reposição de bola do Santos com o Vanderlei. Na primeira etapa, vi um jogo em que o Santos tinha a posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela e o Corinthians, com pouca posse de bola, mas sabendo o que fazer e como fazer. Percebendo o erro, Sampaoli colocou o Rodrygo e o Cueva e ai o Santos voltou à atuar no 4-4-2; apenas Pituca jogando recuado como primeiro volante, Cueva na armação, Rodrygo na ponta-esquerda e González na ponta-direita. O Santos foi mais agudo, passou a jogar melhor em boa parte do segundo tempo, mas o Santos não deixou de tomar sustos. Só com o Vagner Love, o Santos tomou dois sustos. Em um lance, não sabia se o Vagner Love tentou fazer o gol ou se tentou tocar para o Boselli, mas o Vanderlei salvou a pátria. Na segunda, o Vanderlei ficou meio na dúvida se sairia do gol ou não, mas salvou o Santos de novo. A chance de ouro, creio eu que não foi com o González, que no finalzinho da partida, chutou forte, o Cássio espalmou e não tinha ninguém para aproveitar o rebote; mas foi com o Cueva, que não soube aproveitar o erro de reposição de bola do Cássio. Se ele estivesse mais ligeiro, ele poderia ter driblado o Cássio e feito o gol, mas ele preferiu arriscar de cobertura. Nem sempre dá certo, mas ele preferiu arriscar mesmo assim, mas percebemos que não foi a melhor decisão tomada. Outro erro do Santos foi ter invertido os lados em que o González e o Rodrygo atuavam. O Rodrygo atuava pelo lado direito e o González pelo lado esquerdo e o rendimento dos dois caiu. Não tenho certeza se isso aconteceu por causa da saída do Sánchez, que não jogou bem, que deu entrada para o Matheus Ribeiro, e quando a substituição foi feita, eu achei que o Victor Ferraz fosse jogar pelo meio e o Matheus Ribeiro iria jogar na lateral-direita. Mas o Matheus Ribeiro foi jogar de volante. Não entendi. Se tem algum ponto positivo desse jogo, foi a atuação do Aguilar. Ganhou praticamente todas ! Por cima e por baixo. Fez uma ótima partida e está evoluindo a cada partida. Mas eu tive a impressão de que o Santos não fez questão de ganhar o clássico. Não que realmente não queria ganhar o jogo, pois as mudanças que o Sampaoli fez no segundo tempo foram feitas para tentar ganhar o jogo, mas o Santos não fez questão de ganhar porque já está classificado e o Sampaoli usou esse jogo para testar alguns jogadores, pois o Sánchez, o Cueva e o González desfalcarão o Santos no jogo de ida das quartas de final no campeonato e para saber quais jogadores poderão substituí-los. No entanto, eu acho que o Sampaoli tomou a decisão correta. Ele estava certo em fazer testes em um jogo que só valeriam três pontos, sendo disputados em uma competição em que o Santos já garantiu a classificação com três rodadas de antecedência, mas errou na escalação inicial da partida. E não é a toa que o próprio Sampaoli assumiu o erro. Provavelmente ele deve fazer a mesma coisa contra o Novorizontino e o Botafogo (SP).
FICHA TÉCNICA
Data: 10 de Março de 2019 (domingo)
Local: Arena Corinthians, em São Paulo, SP
Horário: 16h00 (horário de Brasília)
Arbitragem: Douglas Marques das Flores
Assistentes: Marco Antonio de Andrade de Motta Junior e Evandro de Melo Lima
Público e renda: 41.404 pagantes (41.437 presentes); R$2.197.534,00
Cartões amarelos: Fagner (Corinthians); Alison, Derlis González e Matheus Ribeiro (Santos).
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Júnior Urso e Sornoza; Pedrinho (Vagner Love), Clayson (André Luis) e Mauro Boselli (Matheus Vital).
Técnico: Fábio Carille
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Felipe Aguilar, Gustavo Henrique e Felipe Jonathan; Alison (Cueva), Diego Pituca, Jean Lucas (Rodrygo) e Carlos Sánchez (Matheus Ribeiro); Jean Mota e Derlis González.
Técnico: Jorge Sampaoli
ANÁLISE
Se tem uma coisa que todo mundo percebeu ontem, é que o Sampaoli errou na escalação e na formação tática do jogo de ontem. No papel, seria mais um jogo em que o Santos jogaria ou no 4-4-2, com o Jean Mota jogando no ataque ao lado do González ou um 4-5-1, nesse caso, um 4-2-3-1, com o González jogando como centroavante, mas com Cueva na armação. Na prática, o Santos jogaria no 3-4-3, com o Alison jogando como zagueiro, dando mais liberdade para os laterais, com o Pituca e o Jean Lucas atuando como volantes, o Sánchez jogando como ponta-direita, o González na ponta-esquerda e o Jean Mota atuando como falso 9. Como o Alison recebeu um cartão amarelo após cometer uma falta em Clayson, era questão de tempo até que ele recebesse o cartão vermelho. Por causa disso, o Alison teve que sair da zaga e voltar para jogar em sua posição, que consequentemente deixou o meio-campo santista mais pesado, pois o Santos passou a atuar com três volantes. Na prática, o Santos passou a jogar no 4-3-3, com três volantes no meio, sendo o Alison jogando mais recuado, o Pituca e o Jean Lucas na saída de bola, o Sánchez e o González em cada ponta e o Jean Mota de falso 9. Mas a impressão que eu tive era de que ou o Santos estava em um 4-5-1, nesse caso, um 4-3-2-1 ou em um 4-4-2 : 4-3-1-2. Mas a situação não melhorava e o Corinthians estava sempre pressionando a reposição de bola do Santos com o Vanderlei. Na primeira etapa, vi um jogo em que o Santos tinha a posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela e o Corinthians, com pouca posse de bola, mas sabendo o que fazer e como fazer. Percebendo o erro, Sampaoli colocou o Rodrygo e o Cueva e ai o Santos voltou à atuar no 4-4-2; apenas Pituca jogando recuado como primeiro volante, Cueva na armação, Rodrygo na ponta-esquerda e González na ponta-direita. O Santos foi mais agudo, passou a jogar melhor em boa parte do segundo tempo, mas o Santos não deixou de tomar sustos. Só com o Vagner Love, o Santos tomou dois sustos. Em um lance, não sabia se o Vagner Love tentou fazer o gol ou se tentou tocar para o Boselli, mas o Vanderlei salvou a pátria. Na segunda, o Vanderlei ficou meio na dúvida se sairia do gol ou não, mas salvou o Santos de novo. A chance de ouro, creio eu que não foi com o González, que no finalzinho da partida, chutou forte, o Cássio espalmou e não tinha ninguém para aproveitar o rebote; mas foi com o Cueva, que não soube aproveitar o erro de reposição de bola do Cássio. Se ele estivesse mais ligeiro, ele poderia ter driblado o Cássio e feito o gol, mas ele preferiu arriscar de cobertura. Nem sempre dá certo, mas ele preferiu arriscar mesmo assim, mas percebemos que não foi a melhor decisão tomada. Outro erro do Santos foi ter invertido os lados em que o González e o Rodrygo atuavam. O Rodrygo atuava pelo lado direito e o González pelo lado esquerdo e o rendimento dos dois caiu. Não tenho certeza se isso aconteceu por causa da saída do Sánchez, que não jogou bem, que deu entrada para o Matheus Ribeiro, e quando a substituição foi feita, eu achei que o Victor Ferraz fosse jogar pelo meio e o Matheus Ribeiro iria jogar na lateral-direita. Mas o Matheus Ribeiro foi jogar de volante. Não entendi. Se tem algum ponto positivo desse jogo, foi a atuação do Aguilar. Ganhou praticamente todas ! Por cima e por baixo. Fez uma ótima partida e está evoluindo a cada partida. Mas eu tive a impressão de que o Santos não fez questão de ganhar o clássico. Não que realmente não queria ganhar o jogo, pois as mudanças que o Sampaoli fez no segundo tempo foram feitas para tentar ganhar o jogo, mas o Santos não fez questão de ganhar porque já está classificado e o Sampaoli usou esse jogo para testar alguns jogadores, pois o Sánchez, o Cueva e o González desfalcarão o Santos no jogo de ida das quartas de final no campeonato e para saber quais jogadores poderão substituí-los. No entanto, eu acho que o Sampaoli tomou a decisão correta. Ele estava certo em fazer testes em um jogo que só valeriam três pontos, sendo disputados em uma competição em que o Santos já garantiu a classificação com três rodadas de antecedência, mas errou na escalação inicial da partida. E não é a toa que o próprio Sampaoli assumiu o erro. Provavelmente ele deve fazer a mesma coisa contra o Novorizontino e o Botafogo (SP).
FICHA TÉCNICA
Data: 10 de Março de 2019 (domingo)
Local: Arena Corinthians, em São Paulo, SP
Horário: 16h00 (horário de Brasília)
Arbitragem: Douglas Marques das Flores
Assistentes: Marco Antonio de Andrade de Motta Junior e Evandro de Melo Lima
Público e renda: 41.404 pagantes (41.437 presentes); R$2.197.534,00
Cartões amarelos: Fagner (Corinthians); Alison, Derlis González e Matheus Ribeiro (Santos).
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Júnior Urso e Sornoza; Pedrinho (Vagner Love), Clayson (André Luis) e Mauro Boselli (Matheus Vital).
Técnico: Fábio Carille
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Felipe Aguilar, Gustavo Henrique e Felipe Jonathan; Alison (Cueva), Diego Pituca, Jean Lucas (Rodrygo) e Carlos Sánchez (Matheus Ribeiro); Jean Mota e Derlis González.
Técnico: Jorge Sampaoli
#FechadoComOSampaoli
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