Análise: Santos 1x1 Botafogo - Campeonato Brasileiro 2018 - 36° Rodada - 2° Turno

Após a derrota para o América-MG por 2 a 1 no último domingo e com a vitória do Atlético-MG diante do Internacional, por 2 a 1, Santos e Botafogo deram adeus para a Libertadores de 2019 e a partida terminou empatada em 1 a 1. Rodrygo, que não marcava um gol há 17 rodadas e Brenner, fizeram os gols da partida.

PARTIDA

Os dois times ainda sonhavam com uma vaga na Pré-Libertadores. Mas dependiam do resultado do jogo entre Internacional e Atlético-MG, que começou uma hora e meia antes. Se o Atlético-MG não vencesse o Internacional, Santos e Botafogo fariam os confrontos diretos pela vaga nas duas últimas rodadas. Com a vitória do time mineiro, nem Santos e nem Botafogo poderão alcançar o galo. O Botafogo vinha de uma sequência de quatro vitórias seguidas, ao contrário do Santos que vinha de uma sequência de quatro derrotas seguidas.

O primeiro tempo não foi tão empolgante e os dois times apresentavam pouca qualidade técnica. Jogando em casa, o Santos foi um pouco melhor, enquanto o Botafogo, não ameaçou. Mesmo assim, a grande chance do Santos inaugurar o marcador, surgiu aos 34 minutos, quando Felippe Cardoso, que recebeu a primeira oportunidade após se recuperar de pubalgia, dominou na área, cortou a zaga e chutou com categoria. A bola bateu no travessão e, por muito pouco, não entrou. Um minuto depois, o Santos abriu o placar com Rodrygo, após pegar a sobra, finalizou pela primeira vez, Gatito Fernandez defendeu, mas no rebote, fez 1 a 0 pro Santos. O segundo tempo começou morno, mas os dois times estavam partindo para o ataque. A primeira chance veio aos seis minutos, quando Erik aproveitou uma cobrança de escanteio e acertou a trave direita de Vladimir e quase empatou a partida. Aos 14 minutos, Valencia cobrou falta na área pela esquerda e, após dividida no alto, a bola sobrou para Brenner deixar tudo igual na Vila. A partir daí, o jogo ficou muito aberto. Após o gol, Moisés recebeu cruzamento na pequena área e cabeceou sozinho para grande defesa de Vladimir. A partir daí, o time santista teve fortes emoções. Em jogada na área, Gabriel caiu após dividida com a zaga rival e o árbitro Heber Roberto Lopes nada marcou. Já nos acréscimos, após cruzamento na área, jogadores do Santos pediram pênalti sob a alegação que a bola havia batido no braço do jogador do Botafogo. O árbitro, novamente, mandou o jogo seguir e marcou escanteio. Na cobrança, Marcelo cabeceou contra o patrimônio e a bola bateu na trave. Gatito conseguiu defender na sequência para garantir o empate. Com o resultado, o Santos deu adeus à Libertadores e enfrentará o Atlético-MG, no sábado (24/11), ás 20:00 (horário de Brasília/horário de verão), na Vila Belmiro e depois encerra a sua participação no campeonato contra o Sport, na Ilha do Retiro, no próximo domingo (02/12).

Realmente não era o resultado esperado por nós, mesmo não tendo mais chances de Libertadores. Mas para um time que perdeu QUATRO JOGOS SEGUIDOS, empatar uma partida em que, teoricamente, não valia mais nada, desde os 30 minutos do primeiro tempo, não é um resultado tão ruim assim. Ainda mais com os desfalques que o Santos teve nessa partida. Com certeza, se o Santos vencer os próximos dois jogos, vamos ficar felizes e "putos" da vida, porque quando "precisava" ganhar, perde, mas quando "não precisava" mais ganhar, ganha. Mas é bem melhor que vença os próximos jogos, pois do jeito que as coisas fluíram mau para o Santos nessa temporada, é o mínimo que poderia acontecer, para terminar o ano com dignidade. Nesta sequência de CINCO JOGOS SEM VENCER, percebemos que os selecionáveis e principalmente o Sánchez, não jogadores INSUBSTITUÍVEIS. Sem eles e outros jogadores importantes para o time, o Santos se torna um time comum, muito parecido com aquele do primeiro semestre, quando ainda era comandado pelo Jair Ventura, que hoje luta para não cair junto com o Corinthians. Sorte que o Cuca nos livrou do rebaixamento e nos deu no mínimo, a possibilidade de sonhar ou iludir (cada um acredite no quiser) com a classificação para a Libertadores. Com o Jair Ventura, nem isso era possível. Mas não são apenas os quatro jogos seguidos em que o Santos perdeu que podemos lamentar, mas também a péssima campanha  no 1° Turno e o empate com o Vasco, naquele jogo atrasado realizado no Pacaembu, em que o Santos estava vencendo o jogo e depois sofreu o gol de empate. Naquele jogo, o Santos perdeu dois pontos e também nos jogos em que o Santos perdeu muitos gols e que, com certeza, custaram a classificação do time. Mas se tratando de um time que CONSEGUIU ser DERROTADO para o AMÉRICA-MG DUAS VEZES, sendo que em uma delas, FINALIZOU 31 VEZES e NÃO CONSEGUIU MARCAR UM GOL  para a CHAPECOENSE EM CASA, realmente NÃO MERECIA SE CLASSIFICAR para a Libertadores. Se levássemos em consideração, o FUTEBOL JOGADO DURANTE O CAMPEONATO INTEIRO, o Santos realmente não merecia, mas se fosse considerado, apenas a "Era Cuca", acredito que o Santos teria mais chances e se o Cuca tivesse chegado desde o início da temporada, o Santos estaria respirando outros ares, estaria em um patamar muito diferente dessa temporada. A diretoria viveu de acertos e erros nessa temporada. As contratações, o contrato com a Umbro foram acertos em cheio, mas a demora para demitir Jair Ventura e contratar o Cuca, além da lambança no Caso Sánchez, que custou a eliminação na Libertadores pelo "tapetão", foram erros que custaram a temporada do time. Agora no tocante a partida, o Santos até conseguiu jogar melhor do que nas últimas quatro partidas, conseguiu tomar a iniciativa, conseguiu abrir o placar, mas ainda continua cometendo erros bobos, que acabam se resultando em gols para os times adversários, que fazem o Santos desperdiçar pontos importantes, que estão fazendo muita falta nessa reta final. Acho que o Felipe Cardoso deveria ser testado mais vezes, independentemente de quem for o próximo técnico do Santos em 2019, ele conseguiu ir bem, após ter ficado três meses fora, se recuperando de uma pubalgia, o Vladimir também conseguiu substituir bem o Vanderlei (que se ausentou por conta de uma virose), também deveria jogar mais vezes; o Luiz Felipe deu mais segurança para a defesa, que em sua ausência, não tinha. Com os retornos dos selecionáveis, a expectativa é de que o Santos entre mais fortalecido contra o Atlético-MG, em um confronto que não é mais direto, pois só valem três pontos, três pontos que o Santos não conquista há quase UM MÊS. O nome do Santos, a camisa do Santos, a história do Santos está em jogo, e que os jogadores que entrarão em campo nestas últimas rodadas, honrem essa camisa e vençam estes jogos.

FICHA TÉCNICASANTOS 1 X 1 BOTAFOGO

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 21 de novembro de 2018 (quarta-feira)
Horário: 21h (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Henrique Neu Ribeiro e Eder Alexandre (SC)
Público e renda: 3.620/R$ 64.715,50
Cartões amarelos: SANTOS: Gabriel e Luiz Felipe. BOTAFOGO: Marcinho.

GOLS
Santos: Rodrygo, aos 35 do 1T;
Botafogo: Brenner, aos 14 do 2T.

SANTOS: Vladimir, Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Dodô; Arthur Gomes (Copete), Alison, Diego Pituca e Rodrygo (Anderson Ceará); Gabriel e Felippe Cardoso (Eduardo Sasha)

Técnico: Cuca

BOTAFOGO: Gatito Fernandez, Marcinho, Marcelo Benevenuto, Igor Rabello e Moisés; Rodrigo Lindoso, Matheus Fernandes, Léo Valencia (Renatinho) e Luiz Fernando; Erik (Rodrigo Pimpão) e Brenner (Kieza)
Técnico: Zé Ricardo

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