Após cinco jogos sem vencer, o Santos voltou a vencer no campeonato após derrotar o Atlético-MG por 3 a 2. O jogo também marcou as despedidas de Gabriel, que deve retornar á Inter de Milão-ITA, após o fim de seu empréstimo e de Renato, que pendurou as chuteiras e se dedicará como gerente executivo de futebol do clube. Carlos Sánchez, de falta, Felipe Cardoso e Gabriel marcaram os gols que deram a vitória para o Santos. Ricardo Oliveira , duas vezes,que aplicou a "Lei do Ex", foi o autor dos gols dos visitantes.
PARTIDA
O Santos começou a partida de maneira arrasadora, como o torcedor há tempos não via. Nos primeiros minutos, Derlis González sofreu falta na entrada da grande área. Carlos Sánchez cobrou com perfeição e acertou na gaveta do goleiro Victor. Um GOLAÇO ! 1 a 0. A última vez em que o Santos marcou um gol de falta, foi no dia 12 de Julho de 2017, há 17 ,meses atrás, quando o lateral-direito Daniel Guedes teve a felicidade de marcar diante do Atlético-MG, no Independência. De lá pra cá, não houve mais gols de falta.
Na sequência, o time mineiro respondeu com Ricardo Oliveira. Luan roubou a bola e lançou para o camisa 9, que invadiu a área e tocou na saída de Vanderlei, mas ela não entrou. Minutos depois, Alison, que não costuma bater no gol, deu um lindo chute de bela distância para Victor defender. O Atlético ainda chegaria ao empate com Ricardo Oliveira. Luan roubou a bola após erro de passe de Gustavo Henrique, tocou para Ricardo Oliveira, que só precisou de dois toques na bola para empatar a partida. 1 a 1. O Santos continuava melhor na partida. Luiz Felipe, dentro da área, e com Diego Pituca, de longe, mas Victor agarrou sem grandes problemas. Diego Pituca tabelou com Felipe Cardoso, que apenas chutou forte, sem chances para Victor defender. 2 a 1. Três minutos depois, Dodô deu um passe açucarado para Gabriel, o artilheiro do campeonato aumentar o placar para 3 a 1. A partir daí, o duelo ficou bem aberto e as duas equipes tiveram oportunidades de ampliar. Nos acréscimos, após dois lances de contra-ataque, Carlos Sánchez se empolgou e não conseguiu marcar. Na sequência, Chará, do Galo, bateu firme, mas desperdiçou boa chance. O Atlético foi pra cima dos donos da casa no começo do segundo tempo. Após cobrança de escanteio, a bola passou por Vanderlei e bateu em Ricardo Oliveira, que desviou em Alison antes de entrar. 3 a 2. Depois disso, as duas equipes "tiraram o pé" e o jogo não ficou mais movimentado como na primeira etapa. A melhor chance do Santos foi aos 25 minutos, após bola cruzada na área, Derlis González bateu firme, mas VIctor defendeu. Após a expulsão de Carlos Sánchez, o Santos precisou se segurar para garantir a vitória, que não vinha desde o dia 27 de Outubro, quando o Peixe bateu o Fluminense por 3 a 0, na Vila Belmiro. O Santos chegou aos 50 pontos, e está classificado para a Copa Sul-Americana de 2019. A última vez em que disputou o torneio, foi em 2010, quando naquela época, foi eliminado pelo Avaí na "fase nacional". Perdeu o jogo de ida, no Pacaembu, por 3 a 1 e venceu o jogo de volta por 1 a 0. Nas outras ocasiões em que poderia ter disputado: 2013,2014,2015 e 2016, não disputou, pois para ter o direito de disputá-la, o Santos "precisaria" ser eliminado da Copa do Brasil até a 3° fase, caso estivesse na zona de classificação da Sul-Americana do Campeonato Brasileiro do ano anterior. Em 2012, o Santos terminou o Campeonato Brasileiro na 8º colocação; em 2013, na 7º colocação; em 2014, na 9° colocação e em 2015, na 7° colocação. Caso a regra de ser eliminado da Copa do Brasil até a terceira fase, que durou de 2013 até 2016, não existisse, o Santos poderia ter tido a oportunidade de ter conquistado um título inédito, que até agora, apenas Internacional, São Paulo e Chapecoense conquistaram para o futebol brasileiro. O Santos encerra a sua campanha no campeonato no próximo domingo (02/12), contra o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife-PE, ás 17:00 (horário de Brasília/horário de verão). Carlos Sánchez (expulso), Dodô, Gabriel e Alison, que receberam o terceiro cartão amarelo, não enfrentarão o Sport na última rodada.
É engraçado. Quando o Santos PRECISAVA GANHAR para ter chances de se classificar para a Libertadores, não ganhava. Pior, conseguiu perder QUATRO SEGUIDAS ! Quando não precisava mais ganhar ... GANHA ! De todo modo, o Santos não poderia deixar de vencer esse jogo, em casa e com o time mais completo. Percebemos que sem o Sánchez, o Santos não apenas se torna um time comum, mas também perde meio-time. É um jogador insubstituível. O Santos conseguiu em 36 minutos desta partida, o que não fez durante 36 rodadas passadas: JOGAR FUTEBOL ! É verdade que teve os seus momentos, mas jogar futebol, de maneira ofensiva, do jeito que a torcida gosta e sempre quer ver o Santos jogar, honrando o seu DNA OFENSIVO, foi neste jogo contra o galo. Ironicamente, o Santos venceu aquele que seria o "confronto direto". Se o Santos tivesse ao menos, empatado com Palmeiras e Flamengo fora de casa, vencido o Vasco (jogo válido pelo 1° turno, que terminou empatado em 1 a 1) e a Chapecoense, no Pacaembu, poderia estar com 57 pontos, ou seja, teria ultrapassado o galo na tabela e já estaria no G-6. O Santos perdeu pontos importantes em jogos chave deste campeonato. Felipe Cardoso é outro nome que pode surpreender em 2019. No jogo de quarta, contra o Botafogo, conseguiu fazer bem o pivô e contra o Atlético, fez um gol no estilo centroavante. Se o próximo técnico do Santos souber explorar a principal característica de cada jogador, inclusive dele, fazendo com que ele apenas jogue na posição que joga melhor, para fazer a função que sabe fazer, ele vai render e será útil para o time. Gabriel viveu sua melhor temporada na carreira. É impressionante como um jogador, que na Europa, é um jogador comum, que está em baixa e não fica nem no banco, consegue ser unanimidade em solo brasileiro. Gabigol viveu seu pior momento na carreira desde que saiu do Santos em 2016. Poucas aparições em campo, poucos gols. Em seu retorno ao Santos, começou bem, depois caiu de rendimento, e com a chegada de Cuca, estourou e se tornou o artilheiro isolado do campeonato. Ele pode ter jogado mal em algumas partidas, mas nunca faltou entrega. Se não conseguisse marcar um gol com técnica e habilidade, seria na raça e na vontade. Menino da Vila Santista e Cruel, Valeu Gabriel !
Mas o que dizer do Renatinho .. Ops ! Renato. Ele teve uma carreira brilhante dentro das quatro linhas. E espero que tenha fora delas também. Ele é um dos maiores ídolos do time no Século XXI, fez parte de uma geração que conquistou um título de extrema importância, que não acontecia há quase duas décadas. O Santos ainda ganhou o Rio-SP em 1997 e a Conmebol em 1998, mas não se comparam com a importância do título brasileiro de 2002. Aquele time formado por Fábio Costa, Maurinho Alex, André Luis e Léo; Paulo Almeida, RENATO, Elano e Diego; Robinho e Alberto, comandados por Emerson Leão marcou TODOS OS SANTISTAS. Sejam aqueles que estavam esperando ansiosos para voltar a ver o time ser campeão ou aqueles que viram pela primeira vez. Renato sempre foi um jogador fundamental dentro das quatro linhas e fora também. Quando foi negociado com o Sevilla-ESP, em 2004, ele tinha direito a receber um cheque de R$ 1.000.000, mas ele recusou, por gratidão ao clube. Além de ter sido um atleta excepcional, que "jogava de terno", agora ele literalmente vai usar o terno. E que sua humildade e caráter possa servir de exemplo para todos que se espelham em ti. É um dos meus maiores ídolos do Santos que eu vi jogar, depois de Robinho, Diego, Neymar, Léo, Elano, Giovanni, Fábio Costa e Rafael Cabral, ele é o maior. É impossível eu montar um time com o maior Santos de todos os tempo e não inclui-lo no time e não ficar nem no banco. Tá certo, ele já não estava rendendo como antes, mas somos gratos á ele por tudo que fez pelo Santos, pois enquanto esteve dentro de campo, não faltou entrega e dedicação pelo manto sagrado, pelo Santos.
É uma pena que o Cuca não possa continuar até o fim do contrato dele, que iria até 2019, mas só de conseguir tirar o Santos da zona do rebaixamento e nos deixar sonhar com a possibilidade de se classificar para a Libertadores, já valeu a pena e se tivesse chegado antes, ou melhor, no início da temporada, o Santos teria respirado novos ares na temporada. Que ele se recupere e possa cuidar de sua saúde, curtir sua família. E que o próximo técnico do Santos possa explorar a qualidade técnica de cada atleta que está no elenco e possa fazer do Santos, um time vencedor em 2019. Esta temporada foi mais para pagar (ou ao menos tentar) as dívidas deixadas pelas antigas gestões do que para montar equipes competitivas para brigar por títulos. A conquista de um título nessa temporada, mesmo que fosse apenas o Campeonato Paulista, era apenas uma possibilidade, mas acredito que ano que vem é quase certeza.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 2 ATLÉTICO-MG
SANTOS 3 X 2 ATLÉTICO-MG
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 24 de novembro de 2018 (sábado)
Horário: 20h (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Jorge Eduardo Bernardi
Cartão Amarelo: Gabriel, Dodô, Alison e Diego Pituca (Santos); Cazares
Cartão Vermelho: Carlos Sanchéz (Santos)
Gols:
Data: 24 de novembro de 2018 (sábado)
Horário: 20h (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Jorge Eduardo Bernardi
Cartão Amarelo: Gabriel, Dodô, Alison e Diego Pituca (Santos); Cazares
Cartão Vermelho: Carlos Sanchéz (Santos)
Gols:
SANTOS: Carlos Sánchez, a 1 minuto, Felippe Cardoso, aos 33, e Gabriel, aos 36 do 1º tempo
ATLÉTICO-MG: Ricardo Oliveira, aos 16 minutos do 1º tempo, e aos 7 minutos do 2º tempo
ATLÉTICO-MG: Ricardo Oliveira, aos 16 minutos do 1º tempo, e aos 7 minutos do 2º tempo
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Dodô; Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez; Gabigol (Renato), Derlis González (Jonathan Copete) e Felippe Cardoso (Rodrygo)
Técnico: Cuca
Técnico: Cuca
ATLÉTICO-MG: Victor; Emerson, Léo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Galdezani (Alerrandro), Elias e Cazares; Luan (Lucas Cândido), Chará (Terans) e Ricardo Oliveira
Técnico: Levir Culpi
Técnico: Levir Culpi
NASCER, VIVER E NO SANTOS MORRER,
É UM ORGULHO QUE NEM TODOS PODEM TER ...