BEM-VINDO AO REINO DO FUTEBOL!
Era dia 12 de outubro de 1916, quando
visionários inauguraram a Vila Belmiro (estádio Urbano Caldeira), futuramente
rotulada como Vila mais famosa do mundo ou Reino do Futebol, para abrigar os
espetáculos do clube que rege o Futebol Arte e o DNA ofensivo. É, atualmente, o
estádio mais antigo do Brasil em que um clube exerce jogos oficiais, um local
em que, ao longo do tempo, foram estabelecidas historias belíssimas e
extraordinárias.
Pelo Templo do Futebol passaram inúmeros
craques históricos: de Arnaldo Silveira a Pelé, de Araken Patusca a Neymar, de
Antoninho Fernandes a Robinho, de Feitiço a Clodoaldo… atletas e gerações
sublimes, como as dos anos de 1916-19, que contribuiu na transformação do
“soccer” como esporte mais popular; a revolucionaria ofensiva Campeã da Técnica
e da Disciplina do período 1926-31; a dos primeiros campeões em 1935; as do fim
dos anos 40, ao qual difundiram o Alvinegro como grande revelador de craques;
as da dinastia santista na Era de Ouro do Futebol Brasileiro entre 1955 a 70; além
dos celebres Meninos da Vila de 1978, 2002-04, 2011-12 e 2014-15. Todas
perpetuaram no palco da Vila o legado da técnica e da disciplina, o jogo
bonito, a mística da magia futebolística e a irreverencia jovial, com muita
bola na rede!
Inúmeros duelos magníficos que entraram
para a história do futebol foram construídos, assim como incontáveis taças
foram levantadas, numa dinâmica executada com excelência pelo Santos FC no
teatro de Vila Belmiro. Em 1916 ocorre a estreia e a primeira de muitas
vitorias. Entre 1927 a 31 ocorrem grandes triunfos nacionais e internacionais e
a Vila transformou-se num “espantalho” para adversários. Precisamente em 1930,
a Praça Esportiva recebeu a alcunha de “Alçapão”, naquele ano o Alvinegro
permaneceu invicto em seus domínios por toda temporada e impôs extravagante
goleada na Seleção da França (6 a 1), que havia disputado a primeira Copa do
Mundo/1930. No ano seguinte, a Vila teve um de seus maiores triunfos
históricos, num duelo santista ante da maior geração do futebol uruguaio, então
Campeões do Mundo e Bicampeões Olímpico.
Cabe ressaltar que o estádio Urbano
Caldeira foi palco de vários títulos paulistas (1960, 1964, 2006, 2011), em
especial a emocionante conquista de 1955, ano da reconstrução histórica do
clube. Abrigou também conquistas nacionais, como a finalíssima do Campeonato
Brasileiro de 1961, quando o Santos abateu ferozmente o Bahia-BA e anexou o
primeiro nacional. Para conquistar o primeiro título Mundial, em 1962, o
triunfo santista por 3 a 2 na Vila Belmiro, pelo primeiro jogo da decisão
frente ao Benfica-POR, foi importantíssimo.
Na Vila Belmiro o Rei Pelé estabeleceu
alguns de seus maiores feitos incomparáveis e também foi o local em que se
despediu dos gramados em 1974. As gerações dos meninos fizeram do gramado de
Urbano Caldeira um local de divertimento e apreciação da arte do futebol
perfeccionista, protagonizando grandes prélios no Brasileirão e na
Libertadores. Além da Copa do Brasil, cujo caminho da conquista nas finais em
2010 foi iniciado no alçapão da Vila.
A dinâmica que o Santos FC impõe aos
adversários desde o Amadorismo aos momentos hodiernos é uma logística terrível
de suportar – faz lembrar grandes Impérios da Idade Clássica da História em que
guerreiros traçavam estratégias em contragolpes indefensáveis para vencer
batalhas ou guerras. Assim é o SFC, geralmente com um futebol rápido, jogadores
leves e atrevidos que aproveitam como poucos os espaços do gramado em
contra-ataques intangíveis e mortais.
Poucos clubes no mundo tornaram seu estádio
tão temido e amedrontador para rivais quanto o Santos FC na Vila Belmiro – numa
equiparação a La Bombonera para o Boca Juniors-ARG, ao Santiago Bernabéu para o
Real Madrid-ESP, ao “Teatro dos Sonhos” de Old Trafford para o Man. United-ING,
entre outros. Algumas opiniões de jogadores e técnicos, que atuaram no Alçapão,
sugerem que jogar na Vila com a pressão da torcida santista seja mais sufocante
que atuar num Maracanã/RJ lotado ou em outros grandes estádios do mundo. Para
alguns é o próprio “inferno”, um local que exerce uma pressão descomunal e
indescritível.
Na reflexão retrospectiva da história: a
Centenária Vila Belmiro é um refúgio glorioso para o Santos Futebol Clube.
VILA 100 ANOS
O Santos foi fundado no dia 14 de Abril de 1912, (curiosamente, na mesma data aconteceu o naufrágio do Titanic), mas ainda não tinha estádio próprio, desde a sua fundação, o time santista jogou suas primeiras partidas em um campo de futebol do antigo Internacional (que anos antes se transferiu para São Paulo), na Avenida Ana Costa. É curioso que o Santos tenha inaugurado seu estádio justamente em um 12 de Outubro, no qual se comemora o Dia das Crianças (Desde 1980, no dia 12 de Outubro comemora-se o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil).Mas nesse caso foi mera coincidência, se é que ela realmente existe... (no Brasil, o Dia da Criança só seria criado em 5 de Novembro de 1924, por sugestão do deputado Galdino do Valle Filho e decreto do presidente Arthur Bernardes). Antes de ter o seu campo, o Santos treinava e fazia algumas partidas no campo da Rua Aguiar de Andrade, hoje Manoel Tourinho, entre as ruas Lowndes e Emílio Ribas, no Macuco. O campo do Macuco não tinha as dimensões mínimas oficiais, mas não se pode deixar de lembrar que o primeiro campeão italiano, o Genova, ganhou seu título, ainda no século XIX, também em um campo irregular, e isso não impediu que entrasse para a história do futebol da Itália. Primórdios são primórdios e como tais devem ser respeitados.
De qualquer forma, em reunião de diretoria de 14 de julho de 1915, o presidente Agnello Cícero de Oliveira falou pela primeira vez da "necessidade urgente da construção de um campo de futebol com todas as acomodações e instalações que se fazem precisar aos nossos jogadores e apreciadores". Criou-se então uma comissão com plenos poderes para tratar do assunto. Ela foi formada pelos sócios Francisco Viriato da Costa, Luiz Suplicy Filho, Harold Cross e Sebastião Arantes.
Iniciou-se, então, a busca por um terreno apropriado e com preço acessível. Em 6 de outubro de 1915, em nova reunião de diretoria, Urbano Caldeira falou de um bom terreno em Campo Grande, seco e alto, a 150 metros da linha do bonde, pelo qual o proprietário pedia dois mil réis o metro quadrado. Mas Luiz Suplicy foi contra, dizendo que o terreno tinha muitas casinhas de madeira e não seria fácil desalojar os moradores. Sebastião Arantes concordava com Suplicy.
Analisada todas as possibilidades, o clube ficou dividido entre dois imóveis: um, de 18 mil metros quadrados, pertencente a Oswaldo Sampaio, e outro de 16 mil metros quadrados, da Companhia Santista de Habitações Econômicas. O terreno do senhor Oswaldo - onde hoje está situado a Portuguesa Santista - era quase metade do preço do outro, mas tinha o inconveniente dos inquilinos, que só poderiam deixar o local em seis meses.
O da Companhia Santista, que finalmente acabou sendo o escolhido, que poderia ser entregue, no máximo, em quatro meses, foi descrito detalhadamente em reunião de diretoria de 31 de maio de 1916 pelo vice-presidente Alvaro de Oliveira Ribeiro, avô de Luis Alvaro Ribeiro, ex-presidente do clube: "É alto, setenta centímetros acima do nível do mar, com luz elétrica, água, esgotos, bonde e encravado em um bairro familiar (...) Será pago em dez anos, com prestações mensais de novecentos mil réis e juros de 8% a 10 % ao ano (...) A Construtora ainda empresta ao clube de trinta contos de réis, com juros de 12% ao ano, pagando em cinco anos e em prestações mensais, para a construção das benfeitorias".
O presidente Agnello Cícero de Oliveira fechou a compra do terreno da Companhia Santista de Habitações Econômicas em 10 de junho de 1916. Em 20 de agosto ficou contratado que a Companhia passaria um rolo compressor grande no campo e o Santos se encarregaria de pagar o combustível (carvão) e o maquinista, assim como espalharia o barro, a uma altura de dez centímetros. Mas aí surgiu o problema da grana, que necessitaria de tempo para pegar. Agnello chegou a propor que o Santos, que já estava mal no campeonato estadual, entregasse os pontos dos próximos jogos, ao que o diretor Urbano Caldeira, que chegara a exercer interinamente a presidência, tomou a palavra e exortou o clube a jogar em seu novo estádio.
Urbano explicou que a grama seria plantada gratuitamente pela prefeitura e que, mesmo que os jogos estragassem o gramado, o produto das arrecadações cobriria as despesas com sua reposição. Para ele, a cada final de campeonato, a grama deveria ser reposta, por meio de uma verba comum de conservação do campo. Com estilo, Urbano terminou seu discurso de maneira envolvente, que empolgou os presentes. Disse ele: "Tanto o valor do clube, como a despesa da grama, nada valem se considerarmos as tradições e o renome que o clube, intransigentemente e com todos os prejuízos, precisa manter altaneiro."
Pela dedicação de Urbano Caldeira ao campo, a ponto de ir pessoalmente cortar a grama em noites de lua cheia, quatro dias após sua morte, em 13 de março de 1933, a diretoria resolveu dar o seu nome ao estádio. A proposta, de Ricardo Pinto de Oliveira, foi aprovada e a Vila Belmiro passou a se chamar, oficialmente, Praça de Esportes Urbano Caldeira.
A ORIGEM DO BAIRRO VILA BELMIRO
No dia 21 de dezembro de 1915, o eixo de
habitação compreendido entre a Rua Manuel Galeão Carvalhal e a Avenida Carvalho
de Mendonça, junto à Avenida Bernardino de Campos, foi nomeada como “Vila
Belmiro”, em homenagem ao ex-prefeito da cidade de Santos, Belmiro Ribeiro, que
se destacou na vida econômica e social do município.
Anteriormente, o loteamento das ruas eram
conhecidas por “Vila Operária”, justamente por ser habitada por trabalhadores.
Belmiro Ribeiro de Morais e Silva doou ao
município santista diversos terrenos, entre eles, os terrenos da Vila Operária.
Quando o estádio santista foi fundada, em
1916, a nova nomenclatura “Vila Belmiro”, não tinha completado ainda um ano de
existência, e nos primeiros anos, o estádio era chamado de “Campo do Santos” ou
“Praça de Esportes do Santos”. Ao passar dos anos, o nome do bairro virou
também o apelido do estádio.
No ano de 1933, após o falecimento de
Urbano Caldeira, o “Campo do Santos” passa a se chamar oficialmente Estádio
Urbano Caldeira, em homenagem ao maior abnegado santista.
DIMENSÃO HISTÓRICA
Do lado do portão principal: Rua
Tiradentes.
Do lado do Memorial das Conquistas: Rua
Princesa Isabel.
Do lado do vestiário do time visitante: Rua
José de Alencar.
Do lado frontal às cadeiras sociais: Rua
Dom Pedro I.
Na época da construção do estádio, as Ruas
Princesa Isabel e José de Alencar, eram chamadas respectivamente: Rua da
Abolição e Rua Guarani.
E devido a todos os aspectos apresentados,
hoje em dia, mesmo tendo o nome oficial de Urbano Caldeira, o estádio santista
é mais conhecido por Vila Belmiro, que ao passar dos anos, foi intitulada de
“Alçapão da Vila” e a “Vila mais famosa do mundo”.
INAUGURAÇÃO DA VILA BELMIRO
Conhecida até então como “Campo do Santos
FC” ou “Praça de Esportes”, a Vila mais famosa do mundo foi inaugurada no dia
12 de outubro de 1916.
Após quase um ano escolhendo um terreno
adequado para a construção do tão esperado estádio, a Vila Belmiro ficou pronta por completa em
apenas 4 meses, e gerou grande expectativa na cidade.
Antes de ter seu campo, o Alvinegro chegou
a mandar seus jogos em três estádios diferentes: Campo da Avenida Ana Costa, nº
22 , Campo da Avenida Conselheiro Nébias, e o Campo do Clubes dos Ingleses.
A INAUGURAÇÃO
No dia tão aguardado, uma forte chuva caiu
sobre a cidade, fato que não abalou a expectativa dos moradores locais, porém,
preocupou para as condições de jogo. Estava programado para o grande dia, a
realização da partida válida pelo Campeonato Paulista, diante do Ypiranga. Por
precauções, o jogo foi cancelado, e realizado após 10 dias, no dia 22 de
outubro.
Mesmo sem a realização da partida, a festa
santista não foi diminuída. Foram realizados jogos diversos entre os sócios,
inclusive programação para as crianças.
Quando inaugurada, ainda não era conhecida
ou chamada por Vila Belmiro, e ao passar dos anos, o nome do bairro que sempre
a abrigou, virou também o apelido.
Já o nome de Estádio Urbano Caldeira, foi
batizado no dia 24 de março de 1933, quatro dias após a morte de Urbano
Caldeira, que pela dedicação e amor ao clube, recebeu a justa homenagem da
diretoria.
Coincidentemente ou não, no mesmo dia em
que é comemorado o Dia das Crianças (e também o dia da padroeira do Brasil,
Nossa Senhora da Aparecida), a Vila mais famosa foi inaugurada, para virar anos
mais tarde, o Berço de Craques, a Casa dos Meninos da Vila.
7 MINUTOS
Rodeado de expectativas, os líderes do
Campeonato Paulista de 1964 se encontrariam pela antepenúltima rodada do
primeiro turno em plena Vila Belmiro.
Frente a frente os velhos rivais Santos e
Corinthians, uma partida que arrebatava todas as atenções dos amantes do
futebol com a presença do esquadrão santista que encantava o mundo comandado
por Pelé contra um adversário que sofria com a falta de títulos e buscava
novamente vencer o Santos, algo que não acontecia desde 1957.
O JOGO
O grande interesse pelo confronto dos
alvinegros se confirmou e uma multidão rumou à Vila Belmiro naquela tarde que
contou com a presença de 32.986 pessoas fora aproximadamente duas mil
torcedores que ficaram do lado de fora do estádio. Com isso foi registrado o
recorde de público da história do estádio santista.
Como todo grande clássico este iniciou
estudado por ambas as partes, mas com apenas 7 minutos de bola rolando um forte
barulho no estádio, houve a queda dos alambrados da Vila Belmiro e o árbitro
Armando Marques de imediato paralisou a partida, assim relatou o acidente o
jornal Folha de São Paulo, em 21/09/1964: “Segundo as autoridades médicas, o
tumulto foi mais uma vez o grande causador da tragédia. Quando eram decorridos
7 minutos da partida o alambrado dos fundos do estádio, devido em primeiro
lugar as recentes construções que ali se verificaram e ao grande número de assistentes
que nele se apoiavam, cedeu vindo ao solo. Essas pessoas formaram um verdadeiro
“bolo humano” que se ampliou cada vez mais com a correria nas gerais. O
acidente não teve maiores proporções devida a grande intervenção por parte dos
elementos da Guarda Cívil, Força Pública, Polícia Marítima e até mesmo da
Polícia do Exército”.
Contabilizados 181 feridos e felizmente não
foi registrada nenhuma vítima fatal desse grande incidente fruto da
superlotação da Vila Belmiro. A partida foi encerrada pelo árbitro e foi
novamente disputada após 10 dias no estádio do Pacaembu registrando empate em
1×1.
FICHA TÉCNICA:
Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos.
Competição: Campeonato Paulista (jogo
anulado)
Renda: Cr$ 19.397.600,00
Público: 32.986 (20.888 arquibancadas;
9.528 sócios; 1.908 numeradas e 662 numeradas)
Árbitro: Armando Marques
SFC: Gylmar, Ismael, Olavo e Geraldino;
Zito e Lima; Peixinho, Gonçalo, Toninho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula
SCCP: Heitor; Eduardo e Oreco; Augusto,
Clóvis e Amaro; Manuelzinho, Ferreirinha, Flavio, Luisinho e Lima.
Técnico: Roberto Belangero
DEZ DIAS DEPOIS, A PARTIDA REMARCADA
30/09/1964 – Santos 1 x 1 Corinthians
Gols: Flávio (f) aos 5min e Pelé aos 37min
do segundo tempo.
Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo.
Competição: Campeonato Paulista
Renda: Cr$ 24.839.600,00
Público: 28.571
Árbitro: Armando Marques
SFC: Gylmar; Ismael, Mauro e Geraldino;
Zito e Haroldo; Peixinho, Lima, Toninho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula
SCCP: Heitor; Augusto, Eduardo e Oreco;
Amaro e Clóvis; Ferreirinha, Luisinho, Silva, Flávio e Lima. Técnico: Roberto
Belangero
ANÁLISE
Os torcedores que foram a Centenária Vila Belmiro acompanhar a partida, se empolgaram, e muitos imaginavam que Léo, que dessa vez, estava atuando com a camisa santista, poderia fazer o gol da virada, ou de cabeça, ou de pênalti, HAHAHA. Mas ficou por isso mesmo, e não faltaram homenagens ao Eterno Guerreiro da Vila, que com certeza terá muita história para contar aos seus descendentes sobre sua carreira e o Santos. Giovanni foi o cara que resgatou o orgulho de ser santista em muitos torcedores na década de 1990, uma época que era muito difícil para o torcedor santista, e a semifinal do brasileirão de 1995 entrou para a memória do torcedor e para muitos, aquela foi a "final antecipada" daquele campeonato e faz sentido, pois o que aconteceu na final, é melhor nem relembrar, mas o que o Giovanni jogou naquela semifinal, é impressionante ! É uma história que deve ser contada de geração em geração.
Lamento por ter demorado tanto para postar a análise desse jogo, isso se deve por conta da rotina de trabalho e estudo e também pelo conteúdo considerado extenso para uma análise.
SOU ALVINEGRO DA VILA BELMIRO, O SANTOS VIVE NO MEU CORAÇÃO !
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