segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Análise: Santos 1x1 Benfica-POR - Amistoso Internacional 2016 + Vila 100 ANOS



No dia 08 de Outubro de 2016, o Santos Futebol Clube e o Benfica - POR, realizaram um amistoso no Estádio Urbano Caldeira, mais popularmente conhecida como "Alçapão", "La Bombonera Brasileira", "Caldeirão" para a mídia, mas para nós, é conhecida como Vila Belmiro; E essa partida foi realizada em celebração do centenário do estádio da equipe santista, que foram completados no dia 12 de Outubro, e também a despedida oficial do meia Giovanni e do lateral-esquerdo Léo, dois dos maiores ídolos da história do Santos Futebol Clube. Uma curiosidade é que além de Santos e Benfica terem sido os times que decidiram a final do Mundial Interclubes de 1962, que terminou com o título para o time brasileiro, Santos e Benfica também são os times que Léo teve mais identificação na sua carreira, pois o ex-lateral esquerdo jogou no Benfica entre 2005-2008, e no Santos entre 2000-2005 e 2009-2014.

BEM-VINDO AO REINO DO FUTEBOL!

Era dia 12 de outubro de 1916, quando visionários inauguraram a Vila Belmiro (estádio Urbano Caldeira), futuramente rotulada como Vila mais famosa do mundo ou Reino do Futebol, para abrigar os espetáculos do clube que rege o Futebol Arte e o DNA ofensivo. É, atualmente, o estádio mais antigo do Brasil em que um clube exerce jogos oficiais, um local em que, ao longo do tempo, foram estabelecidas historias belíssimas e extraordinárias.
Pelo Templo do Futebol passaram inúmeros craques históricos: de Arnaldo Silveira a Pelé, de Araken Patusca a Neymar, de Antoninho Fernandes a Robinho, de Feitiço a Clodoaldo… atletas e gerações sublimes, como as dos anos de 1916-19, que contribuiu na transformação do “soccer” como esporte mais popular; a revolucionaria ofensiva Campeã da Técnica e da Disciplina do período 1926-31; a dos primeiros campeões em 1935; as do fim dos anos 40, ao qual difundiram o Alvinegro como grande revelador de craques; as da dinastia santista na Era de Ouro do Futebol Brasileiro entre 1955 a 70; além dos celebres Meninos da Vila de 1978, 2002-04, 2011-12 e 2014-15. Todas perpetuaram no palco da Vila o legado da técnica e da disciplina, o jogo bonito, a mística da magia futebolística e a irreverencia jovial, com muita bola na rede!
Inúmeros duelos magníficos que entraram para a história do futebol foram construídos, assim como incontáveis taças foram levantadas, numa dinâmica executada com excelência pelo Santos FC no teatro de Vila Belmiro. Em 1916 ocorre a estreia e a primeira de muitas vitorias. Entre 1927 a 31 ocorrem grandes triunfos nacionais e internacionais e a Vila transformou-se num “espantalho” para adversários. Precisamente em 1930, a Praça Esportiva recebeu a alcunha de “Alçapão”, naquele ano o Alvinegro permaneceu invicto em seus domínios por toda temporada e impôs extravagante goleada na Seleção da França (6 a 1), que havia disputado a primeira Copa do Mundo/1930. No ano seguinte, a Vila teve um de seus maiores triunfos históricos, num duelo santista ante da maior geração do futebol uruguaio, então Campeões do Mundo e Bicampeões Olímpico.
Cabe ressaltar que o estádio Urbano Caldeira foi palco de vários títulos paulistas (1960, 1964, 2006, 2011), em especial a emocionante conquista de 1955, ano da reconstrução histórica do clube. Abrigou também conquistas nacionais, como a finalíssima do Campeonato Brasileiro de 1961, quando o Santos abateu ferozmente o Bahia-BA e anexou o primeiro nacional. Para conquistar o primeiro título Mundial, em 1962, o triunfo santista por 3 a 2 na Vila Belmiro, pelo primeiro jogo da decisão frente ao Benfica-POR, foi importantíssimo.
Na Vila Belmiro o Rei Pelé estabeleceu alguns de seus maiores feitos incomparáveis e também foi o local em que se despediu dos gramados em 1974. As gerações dos meninos fizeram do gramado de Urbano Caldeira um local de divertimento e apreciação da arte do futebol perfeccionista, protagonizando grandes prélios no Brasileirão e na Libertadores. Além da Copa do Brasil, cujo caminho da conquista nas finais em 2010 foi iniciado no alçapão da Vila.
A dinâmica que o Santos FC impõe aos adversários desde o Amadorismo aos momentos hodiernos é uma logística terrível de suportar – faz lembrar grandes Impérios da Idade Clássica da História em que guerreiros traçavam estratégias em contragolpes indefensáveis para vencer batalhas ou guerras. Assim é o SFC, geralmente com um futebol rápido, jogadores leves e atrevidos que aproveitam como poucos os espaços do gramado em contra-ataques intangíveis e mortais.
Poucos clubes no mundo tornaram seu estádio tão temido e amedrontador para rivais quanto o Santos FC na Vila Belmiro – numa equiparação a La Bombonera para o Boca Juniors-ARG, ao Santiago Bernabéu para o Real Madrid-ESP, ao “Teatro dos Sonhos” de Old Trafford para o Man. United-ING, entre outros. Algumas opiniões de jogadores e técnicos, que atuaram no Alçapão, sugerem que jogar na Vila com a pressão da torcida santista seja mais sufocante que atuar num Maracanã/RJ lotado ou em outros grandes estádios do mundo. Para alguns é o próprio “inferno”, um local que exerce uma pressão descomunal e indescritível.

Na reflexão retrospectiva da história: a Centenária Vila Belmiro é um refúgio glorioso para o Santos Futebol Clube.

VILA 100 ANOS

O Santos foi fundado no dia 14 de Abril de 1912, (curiosamente, na mesma data aconteceu o naufrágio do Titanic), mas ainda não tinha estádio próprio, desde a sua fundação, o time santista jogou suas primeiras partidas em um campo de futebol do antigo Internacional (que anos antes se transferiu para São Paulo), na Avenida Ana Costa. É curioso que o Santos tenha inaugurado seu estádio justamente em um 12 de Outubro, no qual se comemora o Dia das Crianças (Desde 1980, no dia 12 de Outubro comemora-se o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil).Mas nesse caso foi mera coincidência, se é que ela realmente existe...  (no Brasil, o Dia da Criança só seria criado em 5 de Novembro de 1924, por sugestão do deputado Galdino do Valle Filho e decreto do presidente Arthur Bernardes). Antes de ter o seu campo, o Santos treinava e fazia algumas partidas no campo da Rua Aguiar de Andrade, hoje Manoel Tourinho, entre as ruas Lowndes e Emílio Ribas, no Macuco. O campo do Macuco não tinha as dimensões mínimas oficiais, mas não se pode deixar de lembrar que o primeiro campeão italiano, o Genova, ganhou seu título, ainda no século XIX, também em um campo irregular, e isso não impediu que entrasse para a história do futebol da Itália. Primórdios são primórdios e como tais devem ser respeitados.

De qualquer forma, em reunião de diretoria de 14 de julho de 1915, o presidente Agnello Cícero de Oliveira falou pela primeira vez da "necessidade urgente da construção de um campo de futebol com todas as acomodações e instalações que se fazem precisar aos nossos jogadores e apreciadores". Criou-se então uma comissão com plenos poderes para tratar do assunto. Ela foi formada pelos sócios Francisco Viriato da Costa, Luiz Suplicy Filho, Harold Cross e Sebastião Arantes.

Iniciou-se, então, a busca por um terreno apropriado e com preço acessível. Em 6 de outubro de 1915, em nova reunião de diretoria, Urbano Caldeira falou de um bom terreno em Campo Grande, seco e alto, a 150 metros da linha do bonde, pelo qual o proprietário pedia dois mil réis o metro quadrado. Mas Luiz Suplicy foi contra, dizendo que o terreno tinha muitas casinhas de madeira e não seria fácil desalojar os moradores. Sebastião Arantes concordava com Suplicy.

Analisada todas as possibilidades, o clube ficou dividido entre dois imóveis: um, de 18 mil metros quadrados, pertencente a Oswaldo Sampaio, e outro de 16 mil metros quadrados, da Companhia Santista de Habitações Econômicas. O terreno do senhor Oswaldo - onde hoje está situado a Portuguesa Santista - era quase metade do preço do outro, mas tinha o inconveniente dos inquilinos, que só poderiam deixar o local em seis meses.

O da Companhia Santista, que finalmente acabou sendo o escolhido, que poderia ser entregue, no máximo, em quatro meses, foi descrito detalhadamente em reunião de diretoria de 31 de maio de 1916 pelo vice-presidente Alvaro de Oliveira Ribeiro, avô de Luis Alvaro Ribeiro, ex-presidente do clube: "É alto, setenta centímetros acima do nível do mar, com luz elétrica, água, esgotos, bonde e encravado em um bairro familiar (...) Será pago em dez anos, com prestações mensais de novecentos mil réis e juros de 8% a 10 % ao ano (...) A Construtora ainda empresta ao clube de trinta contos de réis, com juros de 12% ao ano, pagando em cinco anos e em prestações mensais, para a construção das benfeitorias".

O presidente Agnello Cícero de Oliveira fechou a compra do terreno da Companhia Santista de Habitações Econômicas em 10 de junho de 1916. Em 20 de agosto ficou contratado que a Companhia passaria um rolo compressor grande no campo e o Santos se encarregaria de pagar o combustível (carvão) e o maquinista, assim como espalharia o barro, a uma altura de dez centímetros. Mas aí surgiu o problema da grana, que necessitaria de tempo para pegar. Agnello chegou a propor que o Santos, que já estava mal no campeonato estadual, entregasse os pontos dos próximos jogos, ao que o diretor Urbano Caldeira, que chegara a exercer interinamente a presidência, tomou a palavra e exortou o clube a jogar em seu novo estádio.

Urbano explicou que a grama seria plantada gratuitamente pela prefeitura e que, mesmo que os jogos estragassem o gramado, o produto das arrecadações cobriria as despesas com sua reposição. Para ele, a cada final de campeonato, a grama deveria ser reposta, por meio de uma verba comum de conservação do campo. Com estilo, Urbano terminou seu discurso de maneira envolvente, que empolgou os presentes. Disse ele: "Tanto o valor do clube, como a despesa da grama, nada valem se considerarmos as tradições e o renome que o clube, intransigentemente e com todos os prejuízos, precisa manter altaneiro."


Assim, ladeado por modestas arquibancadas de madeira e uma cerca envolvendo o campo, aquele que viria a ser o Alçapão da Vila mais Famosa do Mundo foi inaugurado em uma partida pelo Campeonato Paulista em que o Santos venceu o Ypiranga, da capital, por 2 a 1, no dia 22 de Outubro de 1916.

Pela dedicação de Urbano Caldeira ao campo, a ponto de ir pessoalmente cortar a grama em noites de lua cheia, quatro dias após sua morte, em 13 de março de 1933, a diretoria resolveu dar o seu nome ao estádio. A proposta, de Ricardo Pinto de Oliveira, foi aprovada e a Vila Belmiro passou a se chamar, oficialmente, Praça de Esportes Urbano Caldeira.

A ORIGEM DO BAIRRO VILA BELMIRO

No dia 21 de dezembro de 1915, o eixo de habitação compreendido entre a Rua Manuel Galeão Carvalhal e a Avenida Carvalho de Mendonça, junto à Avenida Bernardino de Campos, foi nomeada como “Vila Belmiro”, em homenagem ao ex-prefeito da cidade de Santos, Belmiro Ribeiro, que se destacou na vida econômica e social do município.
Anteriormente, o loteamento das ruas eram conhecidas por “Vila Operária”, justamente por ser habitada por trabalhadores.
Belmiro Ribeiro de Morais e Silva doou ao município santista diversos terrenos, entre eles, os terrenos da Vila Operária.
Quando o estádio santista foi fundada, em 1916, a nova nomenclatura “Vila Belmiro”, não tinha completado ainda um ano de existência, e nos primeiros anos, o estádio era chamado de “Campo do Santos” ou “Praça de Esportes do Santos”. Ao passar dos anos, o nome do bairro virou também o apelido do estádio.
No ano de 1933, após o falecimento de Urbano Caldeira, o “Campo do Santos” passa a se chamar oficialmente Estádio Urbano Caldeira, em homenagem ao maior abnegado santista.

DIMENSÃO HISTÓRICA




As ruas ao entorno do Estádio Urbano Caldeira, são denominadas com nomes de figuras históricas para o Brasil:
Do lado do portão principal: Rua Tiradentes.
Do lado do Memorial das Conquistas: Rua Princesa Isabel.
Do lado do vestiário do time visitante: Rua José de Alencar.
Do lado frontal às cadeiras sociais: Rua Dom Pedro I.
Na época da construção do estádio, as Ruas Princesa Isabel e José de Alencar, eram chamadas respectivamente: Rua da Abolição e Rua Guarani.
E devido a todos os aspectos apresentados, hoje em dia, mesmo tendo o nome oficial de Urbano Caldeira, o estádio santista é mais conhecido por Vila Belmiro, que ao passar dos anos, foi intitulada de “Alçapão da Vila” e a “Vila mais famosa do mundo”.

INAUGURAÇÃO DA VILA BELMIRO

Conhecida até então como “Campo do Santos FC” ou “Praça de Esportes”, a Vila mais famosa do mundo foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1916.
Após quase um ano escolhendo um terreno adequado para a construção do tão esperado estádio,  a Vila Belmiro ficou pronta por completa em apenas 4 meses, e gerou grande expectativa na cidade.
Antes de ter seu campo, o Alvinegro chegou a mandar seus jogos em três estádios diferentes: Campo da Avenida Ana Costa, nº 22 , Campo da Avenida Conselheiro Nébias, e o Campo do Clubes dos Ingleses.

A INAUGURAÇÃO

No dia tão aguardado, uma forte chuva caiu sobre a cidade, fato que não abalou a expectativa dos moradores locais, porém, preocupou para as condições de jogo. Estava programado para o grande dia, a realização da partida válida pelo Campeonato Paulista, diante do Ypiranga. Por precauções, o jogo foi cancelado, e realizado após 10 dias, no dia 22 de outubro.
Mesmo sem a realização da partida, a festa santista não foi diminuída. Foram realizados jogos diversos entre os sócios, inclusive programação para as crianças.
Quando inaugurada, ainda não era conhecida ou chamada por Vila Belmiro, e ao passar dos anos, o nome do bairro que sempre a abrigou, virou também o apelido.
Já o nome de Estádio Urbano Caldeira, foi batizado no dia 24 de março de 1933, quatro dias após a morte de Urbano Caldeira, que pela dedicação e amor ao clube, recebeu a justa homenagem da diretoria.
Coincidentemente ou não, no mesmo dia em que é comemorado o Dia das Crianças (e também o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Aparecida), a Vila mais famosa foi inaugurada, para virar anos mais tarde, o Berço de Craques, a Casa dos Meninos da Vila.

7 MINUTOS

Rodeado de expectativas, os líderes do Campeonato Paulista de 1964 se encontrariam pela antepenúltima rodada do primeiro turno em plena Vila Belmiro.

Frente a frente os velhos rivais Santos e Corinthians, uma partida que arrebatava todas as atenções dos amantes do futebol com a presença do esquadrão santista que encantava o mundo comandado por Pelé contra um adversário que sofria com a falta de títulos e buscava novamente vencer o Santos, algo que não acontecia desde 1957.

O JOGO

O grande interesse pelo confronto dos alvinegros se confirmou e uma multidão rumou à Vila Belmiro naquela tarde que contou com a presença de 32.986 pessoas fora aproximadamente duas mil torcedores que ficaram do lado de fora do estádio. Com isso foi registrado o recorde de público da história do estádio santista.
Como todo grande clássico este iniciou estudado por ambas as partes, mas com apenas 7 minutos de bola rolando um forte barulho no estádio, houve a queda dos alambrados da Vila Belmiro e o árbitro Armando Marques de imediato paralisou a partida, assim relatou o acidente o jornal Folha de São Paulo, em 21/09/1964: “Segundo as autoridades médicas, o tumulto foi mais uma vez o grande causador da tragédia. Quando eram decorridos 7 minutos da partida o alambrado dos fundos do estádio, devido em primeiro lugar as recentes construções que ali se verificaram e ao grande número de assistentes que nele se apoiavam, cedeu vindo ao solo. Essas pessoas formaram um verdadeiro “bolo humano” que se ampliou cada vez mais com a correria nas gerais. O acidente não teve maiores proporções devida a grande intervenção por parte dos elementos da Guarda Cívil, Força Pública, Polícia Marítima e até mesmo da Polícia do Exército”.
Contabilizados 181 feridos e felizmente não foi registrada nenhuma vítima fatal desse grande incidente fruto da superlotação da Vila Belmiro. A partida foi encerrada pelo árbitro e foi novamente disputada após 10 dias no estádio do Pacaembu registrando empate em 1×1.

FICHA TÉCNICA:

20/09/1964 – Santos 0 x 0 Corinthians
Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos.
Competição: Campeonato Paulista (jogo anulado)
Renda: Cr$ 19.397.600,00
Público: 32.986 (20.888 arquibancadas; 9.528 sócios; 1.908 numeradas e 662 numeradas)
Árbitro: Armando Marques
SFC: Gylmar, Ismael, Olavo e Geraldino; Zito e Lima; Peixinho, Gonçalo, Toninho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula
SCCP: Heitor; Eduardo e Oreco; Augusto, Clóvis e Amaro; Manuelzinho, Ferreirinha, Flavio, Luisinho e Lima.
Técnico: Roberto Belangero
DEZ DIAS DEPOIS, A PARTIDA REMARCADA

30/09/1964 – Santos 1 x 1 Corinthians
Gols: Flávio (f) aos 5min e Pelé aos 37min do segundo tempo.
Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo.
Competição: Campeonato Paulista
Renda: Cr$ 24.839.600,00
Público: 28.571
Árbitro: Armando Marques
SFC: Gylmar; Ismael, Mauro e Geraldino; Zito e Haroldo; Peixinho, Lima, Toninho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula
SCCP: Heitor; Augusto, Eduardo e Oreco; Amaro e Clóvis; Ferreirinha, Luisinho, Silva, Flávio e Lima. Técnico: Roberto Belangero

ANÁLISE


Era um jogo festivo como qualquer jogo, mas esse era diferente, além de ser o amistoso comemorativo dos 100 anos da Vila Belmiro, marcava a despedida "oficial" de Giovanni e Léo, dois ídolos santistas, e o jogo não era muito importante em termos competitivos, mas isso não significa que nem Santos e nem Benfica deixariam de jogar tudo o que sabem. Mesmo desfalcado, o Santos tinha um bom time para disputar aquele amistoso, assim como o Benfica. O 1º tempo foi mais para os atletas que não são titulares mostrarem serviço do que para os titulares mostrarem tudo o que sabem. O zagueiro argentino Fabián Noguera mostraria isso na segunda etapa. Mas o foco principal era Léo, que jogaria 15 minutos pelo Benfica e 15 minutos pelo Santos. O zagueiro Lucas Veríssimo cometeu dois pênaltis, mas a diferença é que o Benfica marcou apenas um, quando John era o goleiro, e o outro João Paulo defendeu. O jogo estava quase acabando, e ficaria feio perder em um jogo festivo, no aniversário do estádio que completara 100 anos, na despedida de um dos maiores ídolos do clube, com todo o respeito pelo Benfica, que é um grande time. Fabián Noguera apareceu no lugar certo e na hora certa para empatar. 1 a 1.

Os torcedores que foram a Centenária Vila Belmiro acompanhar a partida, se empolgaram, e muitos imaginavam que Léo, que dessa vez, estava atuando com a camisa santista, poderia fazer o gol da virada, ou de cabeça, ou de pênalti, HAHAHA. Mas ficou por isso mesmo, e não faltaram homenagens ao Eterno Guerreiro da Vila, que com certeza terá muita história para contar aos seus descendentes sobre sua carreira e o Santos. Giovanni foi o cara que resgatou o orgulho de ser santista em muitos torcedores na década de 1990, uma época que era muito difícil para o torcedor santista, e a semifinal do brasileirão de 1995 entrou para a memória do torcedor e para muitos, aquela foi a "final antecipada" daquele campeonato e faz sentido, pois o que aconteceu na final, é melhor nem relembrar, mas o que o Giovanni jogou naquela semifinal, é impressionante ! É uma história que deve ser contada de geração em geração.

Lamento por ter demorado tanto para postar a análise desse jogo, isso se deve por conta da rotina de trabalho e estudo e também pelo conteúdo considerado extenso para uma análise.















SOU ALVINEGRO DA VILA BELMIRO, O SANTOS VIVE NO MEU CORAÇÃO !

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