Tudo bem, o jogo contra o Fluminense também ficou 0 a 0 assim como o jogo contra o Avaí. Mas porque o jogo contra o Avaí não teve análise mas o jogo contra o Fluminense sim ? É muito simples, a diferença é que o jogo contra o Avaí não teve o que analisar, mas o jogo de ontem sim. Mas como assim, o jogo de ontem foi ruim, o Santos perdeu gols que não costuma perder e quase tomou um gol no início da segunda etapa, já que a bola bateu na trave ... Pois é, se o jogo de ontem teve o que analisar é porque foi muito mais movimentado do que o jogo em Florianópolis. Pois é, mesmo com o fato do líder Corinthians não ter jogado e ter permanecido na liderança e o Grêmio ter sido derrotado pelo Botafogo, infelizmente o Santos não saiu vitorioso do confronto diante do Fluminense no Pacaembu. O Alvinegro Praiano e o Tricolor Carioca não saíram do 0 a 0 e esse resultado não foi bom para nenhum dos dois, principalmente para o Santos, que perdeu a chance de encostar no vice-líder Grêmio e permanece na 3° colocação com 36 pontos, atrás de Grêmio com 39 e Corinthians com 47 pontos. O próximo compromisso do peixe será contra o Coritiba no próximo domingo dia 20/08, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba - PR. O Santos só voltará a jogar como mandante pela 23° Rodada no dia 10/09 no clássico contra o Corinthians, na Vila Belmiro.
PARTIDA
Felizmente, o Santos mantém a invencibilidade jogando no Pacaembu, mas com as ausências de David Braz, Copete e Bruno Henrique, principalmente de Bruno Henrique, mostra o quanto o time sentiu a falta dele. O time entrou com um trio de ataque diferente: Vladimir Hernández, Thiago Ribeiro e Ricardo Oliveira, frustrando muitos santistas assim como eu, que escalaram Copete e Bruno Henrique no cartola. Esse jogo também teve a volta de Gustavo Henrique aos gramados após 10 meses sem jogar. O Santos começou o jogo partindo para o ataque, Vladimir Hernández passa para Alison que cruzou mas a bola desviou em Thiago Ribeiro e foi pra fora. Victor Ferraz decidiu apostar a sorte de longe, mas passou perto da meta do goleiro Júlio César. Lucas Lima recebeu de Zeca e chutou forte e cruzado, mas por muito pouco, a bola não entrou para alívio do goleiro do Tricolor das Laranjeiras. Após ganhar na disputa de bola, Victor Ferraz passa para Léo Cittadini que também decidiu apostar de longe, mas ao contrário do lateral-direito do Alvinegro da Vila Belmiro, o "Kaká Genérico" bateu forte e colocado exigindo grande defesa de Júlio César. Em uma jogada de contra-ataque, aconteceu aquele que poderia ter sido a melhor chance e também, a chance mais clara de gol para o Santos... Lucas Lima cruzou para Ricardo Oliveira, que após receber o cruzamento do camisa 10 santista, só precisava finalizar forte para o gol, mas o centroavante tocou para Vladimir Hernández que também poderia ter chutado para o gol e de "prima", mas devolveu para o centroavante santista que a zaga tricolor tirou, para alívio dos cariocas. No segundo tempo, logo no início, Henrique Dourado, ex-Santos, recebeu passa para Wendell, que em velocidade, livre de impedimento e de marcação, dribla Vanderlei e chuta para o gol. Parecia gol certo do Fluminense e provavelmente, poderia ter sido o gol da vitória da equipe tricolor, mas a bola bateu na trave, para alívio dos torcedores santistas. Léo cruza para a grande área, Vanderlei espalma, a bola sobra para Henrique Dourado, que finaliza, mas sem perigo para Vanderlei. Em uma jogada de contra-ataque, Lucas Crispim tenta passar para Léo Cittadini, a bola é desvida e sobra para Vladimir Hernández, mas chutou pra fora. Alison tenta cruzar, Renato Chaves quase faz gol contra e teve a sorte de a bola ter batido na trave e do goleiro Júlio César ter ficado com a bola. Lucas Lima cobra falta, e Gustavo Henrique sobe mais alto e cabeceia, mas o goleiro tricolor ficou com a bola. Lucas Lima cruzou para Kayke que mal posicionado cabeceou para fora. Placar final: Santos 0x0 Fluminense.
Esse foi o primeiro confronto entre as duas equipes na história do Campeonato Brasileiro que terminou em 0 a 0, mas não foi um 0 a 0 que podemos chamar de "jogão", mas podemos chamar de "jogo morno". O Santos teve a chance de vencer o jogo ainda no 1° tempo, pois havia finalizado mais e chegado com mais perigo ao gol adversário e o Fluminense poderia ter definido no início da segunda etapa, mas após isso, o jogo não empolgou muito quem estava assistindo. Por um lado, o empate sem gols foi ruim por não ter encostado no vice-líder Grêmio e diminuído a diferença de pontos e por ter jogado em casa, já que o Pacaembu é a segunda casa do Santos, mas podemos ver um aspecto positivo no desempenho de alguns jogadores: Gustavo Henrique, Léo Cittadini, Vladimir Hernández e Lucas Crispim. Gustavo Henrique fez uma atuação segura praticamente a partida inteira, a não ser no contra-ataque do Fluminense no início do 2° tempo que quase resultou em gol, mas fez uma boa partida, Léo Cittadini provou que tem potencial e pode ser útil ao time do Santos, mesmo que esteja longe de ser um craque e provavelmente a escalação dele foi para provar que o meia não está a venda, após especulações de que o meia seria negociado para o São Paulo, provavelmente por indicação de Dorival Júnior. Hernández mostrou que por ser um jogador veloz, é mais uma arma para o atual sistema tático proposto por Levir Culpi: o contra-ataque e conseguiu mostrar isso durante o 1° tempo, mas cansou no 2° tempo e Lucas Crispim não é aquele jogador talentoso e empolgante como o torcedor santista espera, mas mostrou vontade de jogar, se movimentou e isso é muito importante para qualquer jogador que vestir a camisa do Santos. Como estive no Pacaembu, a primeira impressão que tive é que o Santos mandou no jogo e o único momento de perigo do Fluminense foi após a bola batida na trave no chute de Wendel após ter driblado Vanderlei e a chance mais clara do Santos ter feito o gol e talvez, ter vencido o jogo, foi no momento em que Ricardo Oliveira poderia ter chutado para o gol após receber o cruzamento de Lucas Lima e que Hernández deveria ter chutado de primeira, mas preferiu devolver pro Ricardo Oliveira e a zaga do Fluminense foi mais esperta e roubou a bola. Acredito que se a bola que o Ricardo Oliveira recebeu tivesse sido recebida pelo Bruno Henrique ou pelo Copete, provavelmente eles teria chutado para o gol e outra impressão que tive é que o Levir "cagou" em ter poupado os dois. Tudo bem, a gente entende que os outros jogadores precisam jogar, e diferente de Dorival Júnior, Levir Culpi usou quase 90% do elenco em apenas 2 meses de clube, mas não precisava poupá-los, ainda mais em um jogo em que se vencer, iria encostar no vice-líder e diminuir a diferença de pontos entre o líder e o vice-líder, se havia um jogo para poupá-los ou dixar no banco para entrar no 2° tempo, seria os dois jogos que o Santos fará contra Coritiba e Cruzeiro fora de casa, e no clássico contra o Corinthians, os três jogos antes do 1° jogo contra o Barcelona-EQU, em Guayaquil, no Equador, pela Libertadores. E o Santos precisa corrigir os espaços deixados na defesa quando sofre o contra golpe, pois se isso continuar se repetindo, o time poderá perder não só um dos jogos das quartas de final, como também a classificação para a semifinal. Para muitos, o objetivo principal do Santos na temporada, é a Libertadores, e eu concordo com isso, pois com o fato do time estar sendo completo aos poucos e também, estar invicto na competição é um estímulo a mais para acreditar no tetra, e compreendo que a vantagem do Corinthians no brasileirão e o tropeço do Santos nessa rodada tenham dificultado e distanciado ainda mais o Santos pela briga pelo título nacional, mas o Santos ainda tem chances, embora sejam chances remotas, portanto, o Santos tem que focar nas duas competições, tanto na Libertadores para conquistar o título, quanto no Campeonato Brasileiro para assegurar a vaga na Libertadores no G-6, para não correr o risco de não se classificar para o torneio como aconteceu em 2015, após ter sido vice-campeão da Copa do Brasil diante do Palmeiras e ter ficado de fora da zona de classificação para a Libertadores.
O melhor momento da partida foi antes mesmo da partida começar. Desde que o técnico do Fluminense, Abel Braga, que perdeu o filho mais novo, João Pedro de 19 anos, após sofrer um acidente doméstico, e reverenciado pelas torcidas adversárias, e com a torcida do Santos ontem, não foi diferente e os jogadores do Santos deram um abraço solidário no comandante tricolor, e que cenas como essa de solidariedade se repitam cada vez mais no futebol, pois somos adversários e nunca inimigos.
MEU CORAÇÃO É ALVINEGRO, E BATE FORTE POR VOCÊ,
SANTOS VOCÊ É A MINHA VIDA, EU TE AMAREI ATÉ MORRER ...
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